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Pesquisa atesta automedicação elevada

A pesquisa identifica que 87% dos entrevistados sofrem de enxaqueca

Pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) revela que 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça. Também é comum que as pessoas (50%) aceitem a indicação de remédios feita por não profissionais. O auxílio de médicos para tratar o sintoma é uma opção para 61% dos entrevistados. Foram respondidos, de forma espontânea, 2.318 questionários online, distribuídos pelas redes sociais. O estudo foi divulgado como parte das atividades do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, que ocorre em 19 de maio.

“O número de pacientes que estão tomando medicação sem orientação foi um dado que nos deixou alarmados”, afirmou o neurologista Marcelo Ciciarelli, membro da ABN e coordenador da pesquisa. Ele destacou que a automedicação pode, muitas vezes, aumentar a frequência da dor, bem como a intensidade. O aconselhável, segundo o médico, é procurar um profissional quando ocorrem mais de três crises por mês por mais de três meses.

A pesquisa identifica que 87% dos entrevistados sofrem de enxaqueca. Ciciarelli explica que este é um tipo primário da cefaleia – nome científico para a dor de cabeça – quando ela é a própria doença, e não o sintoma de outra, como ocorre em uma gripe, por exemplo. Entre as características clínicas da enxaqueca estão: dor em apenas um lado e de forma latejante; com intensidade moderada a forte; com intolerância a barulho e a luz; e associada a enjoo. Cerca de metade dos entrevistados sofrem com doença de forma crônica, com ocorrência de dor por mais de 15 dias por mês.

Desemprego contribui

Entre os que sofrem de enxaqueca episódica, 28% disseram estar desempregados. Para os que têm a doença crônica, o percentual sobe para 33%. “[Essas pessoas] têm menor nível de emprego. Estão mais desempregadas, mostrando o impacto na vida profissional das pessoas que sofrem esse tipo de dor”, apontou o neurologista. As pessoas que sofrem de enxaqueca crônica são as que mais abusam de analgésicos. Mais de 70% dos entrevistados disseram tomar três ou mais doses semanais do medicamento.

O objetivo da pesquisa, ao identificar o perfil dos que sofrem de dor de cabeça, é alertar para os casos em que ela deve ser tratada para que não se torne uma doença crônica. O tratamento, explica Ciciarelli, é preventivo e inclui o uso de medicamentos, mas também a adoção de outras práticas, como atividades físicas, ajuste no sono, alimentação saudável, ingestão de água e limitação do uso de analgésicos. “A dor serve para mostrar que alguma coisa no organismo está errada, então ela nos alerta que algo precisa ser tratado, precisa ser prevenido”, destacou.

Fonte: Agência Brasil

 

 

 

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