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Visita de Lula teve até “barraco”

Revoltado com as vaias, Jackson Barreto disse que o Sintese "enterrou" vivo o ex-governador petista Marcelo Déda

O ex-presidente Lula da Silva (PT) deixou Sergipe nesta terça-feira, com a certeza de que parte de seu partido não engole o governador Jackson Barreto (PMDB). A rixa entre JB e a tendência petista Articulação de Esquerda é antiga, porém se agravou nos palanques montados em Estância e Glória. No primeiro, o governador tirou por menos as vaias recebidas, mas rodou a baiana quando os apupos se repetiram na festa do sertão: “O Sindicato dos Professores de Sergipe (Sintese) não tem moral para falar em direitos, pois seus integrantes só sabem desrespeitar as pessoas”, disse Jackson diante de um Lula estupefato.

Enquanto as vaias comiam no centro, Jackson prosseguiu criticando o Sindicato. Segundo ele, os professores não respeitaram nem o saudoso ex-governador petista Marcelo Déda, “que foi sepultado vivo pelo Sintese, interessado em desmoralizá-lo e apagar toda sua luta pelo nosso povo”. Sem ter muito o que fazer para acabar com o “barraco” armado no palanque, Lula apenas coçava a cabeça e a barba branca.  Diferente do que disse Barreto, educadores garantem que não estavam no comício de Glória: “Quem vaiou Jackson foi o povo, insatisfeito com o péssimo governo dele”, fustiga a presidente do Sintese, Ivonete Cruz.

Liderança dos professores da rede pública, a deputada estadual Ana Lúcia (PT) também saiu em defesa da categoria. Ela considerou inconseqüente o discurso de Jackson e reafirmou que o Sindicato não mandou representação para o comício lulista de Nossa Senhora da Glória. A informação da parlamentar vai de encontro às ameaças feitas pelo diretor de comunicação do Sintese, Joel Almeida. Antes da visita de Lula, o sindicalista conclamou os petistas a jogarem ovos em Jackson se ele fosse à festa do ex-presidente.

Inimigo do governador, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) aproveitou o “barraco” para tirar uma casquinha do desafeto: “Pra se justificar perante Lula das homéricas vaias recebidas por onde andou, o governador tenta disfarçar a sua impopularidade, apontando o Sintese como culpado pelas manifestações de repúdio da grande massa, composta pelos mais diversos segmentos da população”. Segundo ainda Valadares, “Jackson repete suas velhas táticas e artimanhas, sempre escolhendo alvos pra atacar e esconder suas culpas”.

Por Adiberto de Souza (foto/Facebook de Jackson Barreto)

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