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Sergipe estimula movimento econômico para o interior

Sergipe, o menor estado da federação, com 21 mil km² e população de 2,1 milhões de habitantes, transformou-se nos últimos anos em importante destino de investimentos no Nordeste. Desde 2007, atraiu quase 120 empreendimentos, com investimentos superiores a R$ 750 milhões e geração de cerca de 15 mil empregos diretos, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe, com uma estratégia de desenvolvimento que combina incentivos fiscais e investimentos em formação de mão de obra, em infraestrutura de transportes e na criação de um ambiente propício aos negócios.

A redução do ICMS para investimentos chega a 93,8%. Somada a outros incentivos regionais e federais, resulta em um pacote que, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe, pode reduzir os custos operacionais em 30% a 40%.

Como resultado, Sergipe é hoje o Estado que mais cresce e gera empregos na região. De 2003 a 2011, o PIB saltou de R$ 1,7 bilhão para R$ 4,14 bilhões, em valores correntes, segundo os últimos dados disponíveis do IBGE. O ritmo de crescimento do Estado ultrapassou o do país no período, com média anual de 4,6%, ante 3,9% da economia brasileira. O PIB per capita atingiu R$ 12.536,45, o maior do Nordeste.

Sergipe também estimulou a interiorização dos investimentos, tornando o desenvolvimento mais homogêneo. De 2007 a 2011, segundo o governo sergipano, cerca de 72% das empresas atraídas instalaram-se no interior. “Tivemos a preocupação de direcionar investimentos intensivos em mão de obra para as diversas regiões”, diz o governador Jackson Barreto (PMDB).

Outra vantagem é de estar próximo de Pernambuco e Bahia. “A proximidade entre esses dois mercados ajuda bastante”, diz Ricardo Lacerda, professor de economia do desenvolvimento da Universidade Federal de Sergipe e assessor econômico do governo estadual.

A proximidade de Pernambuco e Bahia pesou especialmente na decisão da japonesa Yazaki, fabricante de chicotes elétricos para a indústria automobilística, que montou uma fábrica em Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana de Aracaju, com investimento de R$ 46 milhões, e fornece esses componentes para Ford, no Polo de Camaçari (BA). A empresa vai atender também à unidade da Fiat que está sendo construída em Goiana (PE).

As expectativas são de formação de um polo automobilístico no Estado, atraindo outros fabricantes da cadeia, a partir, principalmente, da chegada da fabricante saudita de veículos híbridos (eletricidade e gasolina) Amsia Motors, que já demonstrou intenção de instalar uma fábrica em Barra dos Coqueiros, também na região metropolitana, com investimentos estimados em US$ 500 milhões e geração de 4 mil empregos diretos. “Novas cadeias estão se formando, não só para atender Sergipe, mas o Nordeste”, diz Lacerda.

Entre os novos investimentos está o da Verallia, do grupo Saint-Gobain, que começou a construir uma fábrica de garrafas e potes de vidro para bebidas e alimentos, na região de Estância, com investimento de R$ 228 milhões. O projeto da Verallia prevê outros três investimentos paralelos: de uma recicladora de vidro, uma transportadora e a Mineração Jundu, prevista para o terceiro trimestre de 2015, em Estância, com investimento de R$ 15 milhões e produção estimada de 75 mil toneladas de minerais não metálicos.

No setor de cimento, a Brennand, de Pernambuco, planeja construir uma unidade em Laranjeiras, com R$ 366 milhões. Já a Votorantim e a Nassau, do grupo João Santos, investem na expansão da produção. A Votorantim destinou R$ 72,2 milhões ao aumento da capacidade de sua fábrica em Laranjeiras, enquanto a Nassau investiu R$ 68 milhões na modernização da unidade em Nossa Senhora do Socorro. O Estado produz 3,3 milhões de toneladas de cimento e é o maior fabricante do Nordeste.

Fonte; Valor Econômico (Crédito/Secom-SE)

 

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