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Aracaju destaca a importância da vacinação contra a poliomielite

Saúde de Aracaju destaca importância da vacina contra a pólio

A vacinação é a principal forma de prevenção de diversas doenças, dentre elas a poliomielite, que é contagiosa aguda, causada por um vírus que se aloja no intestino e, nos casos mais graves, pode provocar paralisias musculares. Por isto, a Secretaria da Saúde de Aracaju, alerta e orienta a população sobre da importância da vacinação contra a poliomielite. A campanha nacional de imunização prossegue até o dia 9 de setembro, das 8h às 16h, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital.

Das 44 mil crianças aptas a receber a vacina contra a pólio, em Aracaju, até esta quinta-feira (11), apenas 1.390 crianças foram vacinadas. A meta é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. De acordo com o médico pediatra da SMS, William Barcelos, o Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de eliminação da doença.

“A poliomielite anterior aguda acontece quando o vírus selvagem da pólio invade o sistema nervoso central, atingindo e matando os neurônios motores inferiores na medula espinhal, causando problemas motores. Já a síndrome pós-pólio pode ser desenvolvida por até 70% daqueles diagnosticados com a primeira doença. Esta síndrome costuma se manifestar com uma janela mínima de 15 anos, após o diagnóstico de poliomielite anterior aguda, e pode causar uma série de males, como dores articulares, fadigas musculares, intolerância ao frio e depressão”, explica o médico.

Sintomas e transmissão

A grande maioria dos casos é assintomática ou apresenta apenas sintomas leves e semelhantes a outras doenças virais comuns, como a gripe. Alguns dos sintomas são: dor de cabeça, dor de garganta, febre, coriza e náuseas. Esses casos são, geralmente, em crianças muito pequenas, já quando a infecção ocorre em adolescentes ou adultos, a forma paralítica da doença ocorre com mais frequência.

A transmissão do poliovírus acontece pelo contato direto de pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral, através de gotículas expelidas ou ainda na ingestão de água e alimentos contaminados com fezes contendo o vírus. Desta forma, cuidados básicos como lavar as mãos e alimentos são muito importantes.

“Como a infecção é iniciada por ingerir o vírus, ele começa se replicar na garganta e no intestino, por isso ocorrem os sintomas de dor de garganta e náuseas. Depois, o vírus invade as tonsilas [amígdalas], os linfonodos do pescoço e o intestino delgado. Uma vez nos linfonodos, o vírus penetra na corrente sanguínea, causando a viremia. Na maioria dos casos, a viremia é transitória e não gera uma infecção persistente, porém, se ela se torna persistente, o vírus penetra no sistema nervoso central e lá se multiplica dentro das células nervosas, que acabam morrendo e ocorre a paralisia”, enfatiza William.

Sobrevivente à poliomielite

Mangery Zhang foi diagnosticada com a poliomielite aos 4 anos de idade, tendo como sintoma inicial uma febre alta. Com o passar do tempo, os sintomas persistiram e houve a perda dos movimentos.

“A minha paralisia infantil nunca me fez desistir da vida, estudava e fui fazendo as reabilitações. As pessoas nunca me trataram como uma criança doente e sempre me incentivaram a ser independente, não ter complexo e fazer tudo o que as outras crianças faziam. Isso foi fundamental para superar as sequelas da pólio que, no meu caso, afetaram o movimento dos meus membros superiores também. Hoje, sou uma ativista para a vacinação da poliomielite, indico e apelo aos pais que vacinem seus filhos”, relata Mangery

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