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Salinização do São Francisco ameaça a pilombeta-pau

O habitat da pilombeta-pau é o costeiro-estuariano do rio onde ele deságua no mar

Descrita por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe como uma nova espécie de peixe, a pilombeta-pau, antes comum entre Brejo Grande (SE) e Piaçabuçu (AL), está ameaçada. Catalogada como Anchoviela sanfranciscana, numa referência ao local onde foi encontrada, a pilombeta-pau há muito não é localizada. Segundo o professor José Milton Barbosa, em função da salinização do Rio São Francisco praticamente não se encontra mais a espécie na foz.

Segundo o Atlas da Fauna Aquática de Sergipe e Adjacências, o peixe pertence à família Engraulidae, seu habitat é o costeiro-estuariano – que compreende o litoral e as águas do rio onde ele deságua no mar – e sua relevância econômica é média. Um dos motivos que dificulta a sua localização é a abundância da pilombeta-branca no Rio São Francisco, que chega a ter uma população 10 vezes superior à “Pau”.

Semelhança com duas espécies

Durante a catalogação para o atlas, os responsáveis perceberam que a descrição da espécie pescada não cabia nas chaves já existentes no acervo, fazendo-se necessária uma melhor investigação sobre a origem do peixe. De acordo com a pesquisadora da UFS, Marina Carvalho, a espécie mais parecida com a pilombeta-pau seria a Anchoviella cayennensis, embora a comparação no artigo enviado seja com a Anchoviella lepidentostole, por ser encontrada no mesmo habitat.

Marina Carvalho prossegue informando para acabar com a dúvida necessária uma análise através de radiografias. “Consegui uma radiografia da cayennensis no Museu de História Natural, nos Estados Unidos, a gente foi comparar as radiografias, porque os detalhes são minunciosos”, explicou Marina. Os detalhes encontrados na sanfranciscana, citados para diferenciar as duas espécies, foram a faixa lateral prateada que apresenta uma linha marrom amarelada e é duas vezes maior que o diâmetro ocular e a distância da nadadeira dorsal para a anal, que é equivalente ao tamanho da dorsal.

Fonte e foto: UFS

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