O memorialista Murillo Melins pe o mais novo immortal da Academia Sergipana de Letras (ASL). Ele ocupa a cadeira de nº 27 na instituição, cujo patrono é Manoel Luiz Azevedo D` Araujo, em substituição à acadêmica Maria Lígia Madureira Pina. O governador em exercício de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSB), prestigious a posse.
“É uma alegria muito grande representar, aqui na Academia, uma grande amiga, a historiadora Lígia Pina. Pretendo honrar a cadeira que ela deixou vaga. É uma aspiração de toda pessoa que mexe com cultura fazer parte da Academia e agora chegou este dia para mim”, disse o memorialista, que tem quatro livros lançados e se prepara para, em setembro, lançar o quinto trabalho lierário.
Segundo o acadêmico Jouberto Uchôa de Mendonça, responsável por saudar o novo imortal, Melins dedicou a sua vida à preservação histórica da memória de Aracaju. “O cidadão que tenho a honra de saudar honrará e tem muito a contribuir a essa Casa, como fez em toda função que ocupou na sua vida. Ele têm uma produção intelectual imensurável e registrou a memória histórica da bela Aracaju, principalmente nos últimos 70 anos”.
Histórico
Murillo Melins nasceu em Neópolis, antiga Vila Nova, em 22 de outubro de 1928, radicou-se em Aracaju, trabalhou nos correios e é funcionário público (auditor municipal) aposentado. O memorialista é autor de “Aracaju Romântica que vi e vivi”.
O novo imortal se descreve como um “verdadeiro contador de histórias” e revelou aspectos particulares da capital de antigamente. “As pessoas acordavam com o canto do galo, era uma cidade muito calma, íamos dormir muito cedo também”, diz. Murilo descreve com maestria a Aracaju das décadas de 1940 e 1950.