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Maguila usa derivado da maconha contra doença

Atualmente Maguila consegue lidar com os traumas no cérebro

Conhecido como Maguila, o sergipano José Adilson Rodrigues dos Santos é um dos grandes nomes do boxe. Em suas redes sociais o ex- lutador imagina grandes lutas, Maguila interage com os seguidores: “Foreman e Falconi, quem ganharia? O Foreman”, afirma o ex-boxeador em um dos vídeos divulgados em seu perfil do Instagram. E Falconi e Tyson? “Tyson ganha”.

A lutas idealizadas por um dos maiores boxeadores da história é uma forma de exercício para a memória, sendo extremamente importante para a patologia da Encefalopatia Traumática Crônica, conhecida como demência pugilística. A doença provoca a degeneração progressiva de células cerebrais causada por diversas lesões na cabeça, normalmente em atletas mas também em soldados que foram expostos a explosões.

Nos vídeos publicados em sua rede social é possível perceber que a pronúncia foi afetada, como também seu raciocínio danos causados pela doença. Entretanto o humor de Maguila permanece e sorri quando consegue soletrar algumas palavras.

Apesar da dificuldade de diagnosticar a doença na época que começou a surgir os sintomas, tratando a doença com medicamentos que agravaram seu estado. Sua esposa, Irani Pinheiros relata: “Começou com uma depressão” e “Depois que diagnosticaram com Alzheimer, era muita medicação. E essas medicações psiquiátricas são complicadas. Então, a gente teve uma fase bem sofrida.”

Ex-boxeador Maguila entre o filho Junior Ahzura e a mulher, Irani Pinheiro (Foto: Instagram)

Atualmente Maguila consegue lidar com os traumas no cérebro, devido ao tratamento com cannabis medicinal. Irani informa que há quatro anos Maguila faz tratamento no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em uma clínica no interior de São Paulo. “A gente tentou ficar com ele em casa, mas não conseguimos porque ele não obedeceu [na hora da] medicação”, informa Irani.

A família percebia que o ex-boxeador estava mais agitado, sem apetite e um olhar perdido, parecia estar bem longe quando conversavam com ele, a decisão de interná-lo na clínica foi pensando no seu bem estar e no tratamento de sua doença.

Tratamento com canabidiol

A Clínica trabalha com a terapêutica integrativa com os médicos especialistas que incluíram o canabidiol em seu tratamento. A prescrição para o tratamento de Maguila é a dose diária em gotas do óleo CBD (canabidiol) isolado, não está incluído o THC (tetrahidrocanabinol).

O tratamento fitoterapeutico foi indicado pelo neurologista Renato Anghinah, médico de Maguila que trata o ex-boxeador e especialista em concussões cerebrais. De acordo com o neurologista, a cannabis medicinal é indicada para o tratamento de diversas patologias, como; autismo, ansiedade, epilepsia, insônia entre outras.

O médico informa: “O Maguila está muito ligado, coisa que antes ele não estava, e essa mudança vem a partir do canabidiol. Ele recuperou o apetite, que estava inapetente. E, sobretudo, está mais tranquilo”, diz. Dificilmente ele tem algum episódio de agressividade atualmente, afirma o neurologista. “Até o sono dele melhorou.”

Resultados positivos

A esposa de Maguila declara que é testemunha da evolução que o ex-lutador de boxe teve. Mesmo estando na clínica ela fala que mantém contato com ele diariamente, fazem chamada de vídeos, conversam por telefone, além de visitar constantemente. Irani diz que ouvia relatos da possibilidade do canabidiol com seus resultados positivos e que tinha confiança e certeza que seria bastante benéfico para a vida do seu marido quando o médico neurologista de Maguila recomendou o tratamento e explicou sobre o potencial terapêutico da cannabis medicinal.

Renato declara, “Na maioria dos estados americanos, você compra esses produtos pelo correio, sem receita porque são considerados um suplemento alimentar”. Segundo o médico, vários atletas fazem uso do canabidiol para tratamento de problemas inflamatórios e controle da dor, enfatizando que os atletas usam o cannabis sem o THC.

Doença crônica

Renato salienta que a doença de Maguila é crônica e degenerativa, não tem cura, mas o canabidiol proporciona que ele tenha uma melhora em seu bem estar e mais qualidade de vida. Conforme o médico,”É pouco provável que ele deixe a clínica e siga o tratamento em sua casa. Isso não é o que está no script da evolução da doença.”

Os relatos da família de Maguila e do médico neurologista mostra que o canabidiol tem sido cada vez mais indicado para tratar doenças que não tem cura, mas possibilita que o paciente tenha qualidade de vida, redução nas dores, melhora a ansiedade e outros sintomas que desencadeiam quando se tem uma doença grave.

A cannabis medicinal é uma realidade que vem mudando a vida dos pacientes, trazendo esperança e conscientizando as pessoas da seriedade que é conduzido o procedimento da planta cannabis sativa até ser produzida nos produtos medicinais.

Fonte: Blog Calone

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