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Mágicos relatam dificuldades durante a pandemia

Quem quer ser mágico deve gostar de interagir com o público

O Dia Mundial do Mágico, comemorado nesta segunda-feira (31), presta homenagem aos mestres da arte de criar ilusões para pessoas de todas as idades. A data foi escolhida por marcar a morte do santo católico italiano São João Bosco, em 31 de janeiro de 1888 que, segundo a história, também era mágico, e foi escolhido como padroeiro desses profissionais. João Melchior Bosco, nome de nascimento do santo, trabalhou com mágica durante a adolescência a fim de ganhar dinheiro para ajudar na renda familiar.

Nos últimos dois anos, em função da pandemia de covid-19, as associações de mágicos e ilusionistas têm se ressentido das apresentações e reuniões presenciais entre seus membros. O diretor social do Círculo Brasileiro de Ilusionismo (CBI), Igor Millordi, disse que os mágicos da entidade estão “segurando” encontros presenciais e confraternizações por causa da pandemia, adotando reuniões online.

O presidente da Academia Mineira de Ilusionismo (AMI), Hildon Dias, reforçou que a pandemia afetou fortemente a categoria porque, apesar de os mágicos serem peças fundamentais em uma festa ou espetáculo, são considerados supérfluos. “E quando se está com o orçamento apertado, a primeira coisa que se dispensa é o entretenimento mágico”. Para Dias, “a pandemia estragou tudo, porque acabou com os espetáculos, com as festinhas”.

Crianças

Para Rodrigo Lima, ser mágico para uma plateia de crianças ”é incrível, porque a energia delas, na maioria das vezes, retroalimenta. É tão bacana a energia das crianças e seus sorrisos, que a gente sai contagiado”. Formado como analista de sistemas, Lima manteve, no início, os dois nichos de mercado. Aos 30 anos de idade, porém, descobriu que o que ele fazia por amor era a mágica.

Quem quer ser mágico deve gostar de interagir com o público e não ter vergonha de falar para as pessoas, deixar a timidez de lado e assumir a personalidade do mágico. Lima citou três pilares necessários a um bom mágico: exercitar muito bem o truque, exaustivamente; só fazer o truque uma vez, porque a mágica é a surpresa; e guardar segredo. Para viver de mágica, como faz Lima, o profissional deve beber de outras fontes, como estudar um pouco de marketing, ter bom relacionamento com as redes sociais, porque é onde cativa os clientes. “É nessa conexão que você vai trazer a família, as crianças e pais para contratar sua apresentação”.

Mágicos famosos

O mais famoso profissional da arte de iludir de todos os tempos foi Harry Houdini. Seu nome ainda hoje é sinônimo de mágica. Começou a fazer truques com cartas de baralho e se apresentava em parques de diversão, nos Estados Unidos, no fim do século 19.

Já o pai da mágica no Brasil é João Peixoto dos Santos, natural da cidade de Formiga (MG), onde nasceu em maio de 1879. Aprendeu a fazer mágica com estrangeiros que vinham ao Brasil e, aos 19 anos, foi estudar em Paris para se aperfeiçoar. Peixoto instalou a primeira loja de mágicas do Brasil: “A Casa das Mágicas”, em 1910. São de sua autoria três livros considerados referência do profissional de mágica: “Tratado Completo de Prestidigitação e Ilusionismo” (1937); Curso Prático de Prestidigitação e Ilusionismo” (1943); Trucs de Magia Selecionados” (1946).

Fonte: Agência Brasil

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