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Sergipe receberá sete delegações estrangeiras

Escolhido para ser palco de treinamentos de aclimatação de seleções olímpicas, Sergipe também vai estar no circuito do maior evento esportivo do planeta: Os Jogos Olímpicos Rio 2016. Entre os dias 17 de julho e 18 de agosto do corrente, o estado será sede do período de aclimatação de delegações do Japão, Polônia, Áustria, Bielorrússia, Cazaquistão, Ucrânia e República Tcheca; as modalidades são no futebol, natação, ginástica rítmica e artística, ginástica de trampolim e natação.

O Japão terá a maior delegação com as seleções de ginástica artística masculina e feminina, ginástica de trampolim, ginástica rítmica e futebol. Os treinos vão acontecer no Ginásio Constâncio Vieira, no caso da ginástica e na Arena Batistão, o futebol, que recebeu, também, em 2014 a seleção da Grécia, para período de treinamento antes e durante a Copa do Mundo FIFA.

Sergipe faz história em olimpíadas

Mas falar em Sergipe nas olimpíadas é relembrar que na história do estado alguns nomes foram destaques em diversas modalidades esportivas, como é o caso do coronel Francisco Rabelo Leite Neto, destaque no hipismo brasileiro e competidor nas Olimpíadas de 1960, em Roma. O conjunto era completado pelo cavalo sultão.

Desde cedo, Francisco Rabelo Leite Neto demonstrou uma forte aptidão para a montaria. Ainda quando morava em Riachuelo-SE, na fazenda do pai, surpreendia os vaqueiros selando e montando os cavalos mais ariscos e bravos da fazenda. Com sensibilidade e habilidade incomuns, em poucos minutos conseguia domar os animais e fazê-los cavalgar pelas estradas de terra nos arredores da propriedade.

O coronel Rabelo, com formação na Academia Militar das Agulhas Negras, teve longa carreira militar e de atleta. Foi comandante da Polícia Militar do Distrito Federal e homenageado com o título de patrono do Regimento da Polícia Montada da corporação. Há quem afirme que ele está entre os três cavaleiros mais importantes do Brasil.

Fábio Praxedes Rabelo Leite, filho do coronel Francisco Rabelo Leite, conhecido como Chico Leite, tinha 16 anos quando seu pai faleceu, em 1º de novembro de 1979, aos 48 anos. Diz ele que o pai “não era de vangloriar as conquistas, muito pelo contrário, sempre foi uma pessoa bastante discreta e carinhosa com os filhos”. Ele reforça a importância do pai como atleta e competidor olímpico.  “A história e conquistas dele, nacionais e até mundiais, inspiraram novos atletas a se dedicar a esse nobre esporte”.

A família do coronel Francisco Rabelo Leite Neto, radicada no Distrito Federal, ficou extremamente tocada com a homenagem prestada ao pai e avô durante a passagem da tocha olímpica pela capital federal. Fábio relembra e expressa à emoção: “Quando fomos convidados pela Polícia Militar do Distrito Federal para participar do evento da passagem da tocha olímpica pelo Regimento de Polícia Montada Coronel Rabelo Leite Neto vivi o momento pelo simbolismo da homenagem ao meu pai”.

Para eternizar esse sergipano, a Polícia Militar do Distrito Federal erigiu um monumento com uma escultura de bronze representando o militar e seu cavalo. Inclusive, durante a passagem da tocha olímpica pela capital brasileira, os condutores pararam em frente à escultura para homenagear esse grande representante do hipismo e da história olímpica brasileira.

Entre as diversas conquistas no hipismo de Francisco Rabelo Estão: Campeonato do Exército de 1958 – 1º colocado por equipe; Campeonato Brasileiro de Saltos de 1958;  Jogos Pan-Americanos de Chicago 1959 – 2º colocado por equipe; Olimpíada de Roma 1960 – Participante da equipe brasileira; IX Campeonato Brasileiro de Salto 1962 – 2º colocado por equipe e 7º colocado individual; Campeonato Carioca de Salto 1962 – 1º colocado individual; Campeonato Carioca de Salto 1963 – 4º colocado individual; Jogos Pan-Americanos de São Paulo 1963 – 7º colocado por equipe; 1ª Olimpíada do Exército 1969 – Hipismo – 1º colocado individual; Jogos Luso-Brasileiros 1969 – Hipismo – 1º colocado individual.

O ginete sergipano com o cavalo Sultão fez um dos mais importantes conjuntos da história do hipismo brasileiro. Chegou a cavalgar ao lado de Nelson Pessoa, pai de Rodrigo Pessoa, e colaborou com o desenvolvimento e popularização do hipismo no país. Se estivesse vivo, Francisco Rabelo Leite Neto completaria 85 anos em julho deste ano. Faleceu no dia 1º de novembro de 1979 vitima de um infarto, mas deixou seu nome gravado na história olímpica brasileira e sergipana.

 

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