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Chikungunya já fez quase seis mil vítimas em Sergipe

A Brigada Itinerante Estadual vasculha as residências à procura do mosquito Aedes aegypti

Em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde mantém o alerta para controle e monitoramento ao Aedes aegypti. O mosquito causador da dengue, febre chikungunya e zika vírus, também é o responsável por 19 dos 128 casos de microcefalia já confirmados até o momento. Com a chegada do verão, os cuidados devem ser redobrados, e a prevenção continua sendo a principal estratégia de enfrentamento ao vetor.

De acordo com dados atualizados do último Informe Epidemiológico, referente à Semana Epidemiológica 51 (18/12 à 24/12), é possível constatar o número expressivo de notificações dos casos de chikungunya. Durante o ano, foram 8.030 casos prováveis, distribuídos em 72 municípios. Destes, 5.953 foram confirmados. As maiores taxas de incidência vieram, respectivamente, das cidades de São Cristóvão, Umbaúba, São Miguel do Aleixo, Carmópolis, Santa Luzia do Itanhy e Itabaianinha.

 “Em São Cristóvão foram mais de 3 mil casos confirmados e 973 em Aracaju. Essas cidades superam o número de casos de outras regiões de saúde, o que se deve, também, a proporcionalidade de habitantes”, ressaltou a gerente no Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá.

 Chama a atenção, ainda, a situação da dengue. Já são 3.425 casos prováveis até o momento, distribuídos em 71 municípios sergipanos. Das notificações feitas, 1.783 estão confirmadas. Os municípios com maior taxa de incidência (por 100 mil habitantes) são: Pedra Mole, Nossa Senhora de Lourdes, Itabaianinha, Tobias Barreto e Umbaúba. “Somente em Aracaju, registramos 748 confirmações de casos de dengue, além de 96 em São Cristóvão e 84 em Itabaianinha”, descreveu a gerente.
Em relação ao zika vírus, dos 223 casos prováveis notificados até o momento, 30 foram confirmados. As notificações estão distribuídas em 27 municípios, sendo que as maiores taxas (por 100 mil habitantes) estão registradas em São Miguel do Aleixo, Umbaúba, Santa Luzia do Itanhy, São Domingos e Arauá.

Microcefalia 

De acordo com o Informe Epidemiológico, a notificação dos casos de recém-nascidos com microcefalia tornou-se compulsória a partir da declaração de Emergência em Saúde Pública de Interesse Nacional. Com base nisso, tornou-se obrigação legal, de todas as unidades de saúde, notificar a Secretaria de Estado dentro de 24 horas após a identificação de qualquer caso suspeito. Desde então, foram notificados 270 casos da má-formação congênita em bebês de Sergipe.

 “Nos últimos meses houve uma redução nas notificações de casos novos, e em algumas semanas epidemiológicas não houve registro de caso”, esclareceu a coordenadora do Núcleo das Doenças Transmissíveis da SES, Mércia Feitosa, referência técnica para microcefalia no Estado.

 De acordo com a coordenadora, o critério de definição de caso suspeito, em si, gera um impacto na redução do número de notificações. “Além disso, as doenças causadas pelo Aedes têm uma sazonalidade, e a microcefalia, quando relacionada ao vetor, também apresentaria essa tendência de redução em alguns períodos”, analisa a gestora.

Entre as principais ações desenvolvidas ao longo do ano estão o monitoramento sistemático das notificações dos casos novos, o acompanhamento da inserção das crianças notificadas nos serviços de referência e a avaliação da investigação epidemiológica realizada pelos profissionais da Atenção Básica.

 “Também integram esse processo de vigilância e assistência o monitoramento dos exames realizados nos recém-nascidos notificados nas maternidades, a busca ativa dos laudos circunstanciados emitidos pelos profissionais dos serviços de referência e a avaliação, em parceria com profissionais dos serviços de referência, dos óbitos em investigação”, destacou Mércia Feitosa.

 Em relação ao informe anterior (nº 55 da semana epidemiológica 50/2016), não houve novos casos notificados esta semana, conforme sistema de Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP/CIEVS/DVS). As notificações estão distribuídas em 56 municípios sergipanos, sendo que 56 casos se encontram em processo de investigação, 128 foram confirmados e 86 foram descartados. A região de Aracaju aparece com maior número de casos, com registro de 98, em seguida estão as Regiões de Nossa Senhora do Socorro, com 43 casos; Estância com 37 e Itabaiana com 29.

Brigada Itinerante

Entre as ações desenvolvidas para o controle do vetor e das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti está a atuação da Brigada Itinerante Estadual. “Em relação ao ano passo, ampliamos o número de imóveis trabalhados e tratados em 2016. Em 2015 alcançamos 51 municípios e 56 cidades foram atendidas com UVB. Já este ano, visitamos 68 municípios e 75 foram atendidos com UVB, sendo que muitos deles receberam aplicação duas vezes neste mesmo período”, frisou a gerente do Núcleo de endemias da SES, Sidney Sá.

 De acordo com a gestora, em 2016, a Brigada somou 33.444 imóveis tratados e 196.141 imóveis trabalhados. Números muito superiores aos registrados em 2015, quando foram contabilizados 18.029 imóveis tratados e 83.222 foram trabalhados.

A atuação da Sala de Situação Estadual e os parceiros que compõe a sala; a divulgação dos Boletins Epidemiológicos semanais, por parte do Nest; a realização de todos os Levantamentos de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAas) pactuados com o Ministério da Saúde, tendo sido realizados cinco este ano; além das reuniões nos colegiados de gestão para apresentar dados e chamar a atenção para a situação de risco; são outras ações de destaque.

Denúncia e Prevenção

“É preciso que a população se mantenha vigilante para evitar acúmulo de água parada de forma inapropriada, assim como o acumulo de lixo de forma indevida”, alertou Sidney Sá. Para denunciar focos de proliferação é possível entrar em contato com a ouvidoria da Saúde, através do número 155. A denúncia também pode ser realizada através do e-mail controle.aedes@saude.se.gov.br , além do aplicativo para smatphones  ‘Aedes na Mira SE’.

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