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Jackson quer garantir investimentos da Petrobras

Os investimentos da Petrobras em Sergipe e a instalação da fábrica de cimentos Apodi em Santo Amaro das Brotas foram temas da reunião entre o governador Jackson Barreto e  diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, nesta segunda-feira. Eles discutiram também a 13ª Rodada de Licitações da Agência, prevista para ocorrer em 7 de outubro deste ano.

Jackson entregou um documento oficializando as duas solicitações: a primeira registra a frustração do Estado por não ter sido contemplado nos Planos de Negócios 2015-2018 da Petrobras, diante das recentes descobertas da existência de petróleo de qualidade e em grande quantidade a ser explorado no estado.

A segunda questão diz respeito ao entrave apresentado pela Petrobras referente a um poço ainda não explorado que inviabiliza a produção do calcário pela fábrica da Apodi, a ser instalada em Santo Amaro da Brotas. O objetivo do Estado ao pedir o auxílio da ANP no conflito existente é a viabilização do investimento da Empresa no estado, na ordem de R$ 1 bilhão, e que gerará 2 mil empregos na fase de implantação e 500 empregos após a instalação da fábrica.

“Produzimos 40 mil barris por dia e há uma dificuldade para a instalação de uma fábrica de cimento, por conta de um poço que produzirá 10 barris por dia. Sergipe não pode perder esse investimento. É preciso encontrar uma solução”, disse o governador.

Leilão

A 13ª Rodada de Licitações da Agência está prevista para ocorrer em 7 de outubro deste ano. A parte marítima da bacia Sergipe-Alagoas terá oferta de dez blocos em águas profundas e ultraprofundas ( lâmina d’água superior a 400m), sendo cinco em frente ao litoral sergipano e cinco em frente ao litoral alagoano, totalizando uma área de 7.403,92 km².

O bônus de assinatura mínimo (valor a ser oferecido pelas empresas durante a rodada) exigido para esses blocos varia de R$ 18,85 milhões a R$ 73,96 milhões. A área em oferta na bacia de Sergipe-Alagoas é considerada como “nova fronteira”, ou seja, ainda pouco conhecida geologicamente ou com barreiras tecnológicas e de conhecimento a serem vencidas.

A diretora da ANP apresentou ao governador dados da exploração de petróleo em Sergipe e da área a ser licitada para exploração. O governador cobrou um maior diálogo com os empresários vencedores dos leilões, com o intuito de estabelecer prazos para exploração e um maior contato no direcionamento conjunto do fluxo de investimentos no estado, uma vez que, a quantidade e qualidade do petróleo encontrado no estado geram grandes perspectivas para o futuro.

“Preocupa-me as expectativas geradas na população a partir desses investimentos, porque o último leilão ocorreu em 2004 e as empresas vencedoras ainda não iniciaram a exploração. Estamos frustrados porque o Plano de Negócios da Petrobras no triênio 2015-2018 não contemplou o nosso estado. Antes, estivemos no Rio de janeiro e conversamos com a diretora de exploração da Petrobras e esperávamos que Sergipe fosse contemplado e, lamentavelmente, não entramos neste plano de negócio”, se qeixou o governador.

 13ª Rodada

Prevista para 7 de outubro de 2015, a 13ª Rodada ofertará 266 blocos exploratórios, totalizando uma área de 125.034,09 km², incluindo áreas em bacias de elevado potencial, bacias de nova fronteira e bacias maduras, que se apresentam como oportunidades para grandes, médias e pequenas empresas. A Rodada foi autorizada pela Resolução CNPE 01/2015.

Do total de blocos, 182 são localizados nas bacias terrestres do Amazonas, Parnaíba, Recôncavo e Potiguar e 84 nas bacias marítimas de Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Espírito Santo, Campos, Camamu-Almada e Pelotas.

Em maio, a bacia Sergipe-Alagoas produziu em média 40.018 barris de petróleo por dia e 4,54 milhões de metros cúbicos de gás natural a partir de 32 campos produtores operados por, EPG, Guto e Cacal, Petrobras, Petrogal, Petrosynergy, Severo Villares e UP Petróleo Brasil.

As empresas interessadas no leilão têm até 11 de agosto para se manifestarem. Segundo a diretora-geral da ANP, 23 empresas já estão inscritas para o leilão.  “O Brasil tem toda a chance de dobrar e até mais que dobrar sua produção em um futuro recente, claro que o tempo depende dos investimentos”, concluiu Magda Chambriard.

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