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“Invisíveis”, trabalhadoras do sexo sofrem com a pandemia

Segundo Irene Santos, o movimento baixou muito depois da pandemia do Covid-19

Expostas como poucos ao coronavírus, as trabalhadoras do sexo não são percebidas pelo poder público e, para sobreviver, continuam em busca de clientes nas ruas escuras de Aracaju e nos inferninhos clandestinos. “Como eu falo para elas ficarem a um metro de distância do cliente, se elas devem ir com o cliente para a cama?”, questiona Irene Santos, coordenadora da Associação das Trabalhadoras Sexuais de Sergipe e membro da Central Única de Trabalhadoras Sexuais (CUTS).

Entrevistada pelo portal Uol, a sergipana Irene disse se sentir de mãos atadas ao recomendar as medidas de segurança às dezenas de profissionais a quem presta apoio na capital, Aracaju, além de oito municípios de Sergipe: “O movimento baixou muito, muito mesmo. Já não estava bom e agora piorou”, reclama a líder das trabalhadoras do sexo no estado. Na região central da cidade as mulheres, muitas acima de 60 anos, seguem trabalhando por terem na prostituição sua única fonte de renda.

Situação idêntica em BH

A trabalhadora sexual Santuzza de Souza viu o movimento reduzir radicalmente nas últimas semanas na Rua Guaicurus, situada na região central de Belo Horizonte (MG) e conhecida historicamente como uma zona de bares e de prostituição. Souza faz parte do Coletivo Rebu e da CUTS, e sua maior preocupação é que ela e suas colegas — mais de duas mil só na Guaicurus — fiquem sem sustento por causa da pandemia. “Já somos vistas como vetor de doenças, e agora também nos olham como responsáveis pela propagação do coronavírus”, afirma.

Fonte: Uol (Foto/Portal 24hNotícias)

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