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Demissões na construção civil crescem em Sergipe

Diariamente, dezenas de operários da construção civil têm procurado o sindicato da categoria para homologar rescisões contratuais: “É assustador o número de trabalhadores dispensados ultimamente em Sergipe”, revela o presidente do Sintracon/SE, Raimundo Reis. Segundo ele, o desemprego já alcança cerca de 20% da categoria, composta no Estado por mais de 25 trabalhadores. “Há muito tempo não vejo tantos companheiros sendo desempregados”, lamenta o líder sindical.

O desemprego que tanto assusta Raimundo Reis não é uma situação isolada de Sergipe. Com os atrasos e as incertezas futuras em relação aos pagamentos federais pelas obras públicas, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê que, até o fim do ano, a força de trabalho pode encolher até 15%. A Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor) estima que o ritmo dos canteiros de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (Dnit) caiu a 40% frente à média de 2014.

De acordo com o presidente do Sintracon/SE, é visível a redução do volume de obras na grande Aracaju. “Estão sendo tocados somente os empreendimentos imobiliários iniciados do ano passado pra trás. Nenhuma construtora está abrindo novos canteiros de obras e isso reflete diretamente no emprego. O Sindicato homologa as rescisões de quem está na empresa há mais de um ano, mas tem muitos companheiros contratados nos últimos 11 meses sendo mandados embora”, revela.

E a situação dos trabalhadores na construção civil tende a piorar, principalmente em relação às obras públicas, pois o decreto 8.412 contingenciou recursos do Orçamento federal e do PAC, reduzindo a quase metade do que foi contratado pelo governo federal no ano passado. Raimundo Reis torce que a crise econômica comece a ser superada em curto prazo. “Tomara que essa situação seja revertida para preservar os atuais empregos e abrir novas vagas visando garantir trabalhos aos companheiros que estão sendo demitidos”.

O presidente do Sinduscon/SE, Tarcísio Teixeira tem explicação para a forte redução ocorrida nas atividades da construção civil. Segundo ele, essa retração já era prevista para este primeiro semestre, em função das decisões de contingenciamento geral do Governo Federal, e devido à necessidade de rearrumação da economia. “Estes dois fatores estão atingindo todos os ramos de atividade econômica”, revela. Otimista, Tarcísio aposta em dias melhores: “O cenário vai melhorar, pois o povo brasileiro é trabalhador e cobrará equilíbrio, desenvolvimento e estabilidade”, afirma.

Por Adiberto de Souza

 

 

 

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