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Brasil está exportando soja por Sergipe

O Brasil começou a exportar soja não transgênica por um terminal na costa de Sergipe, em uma rota inédita aberta pela operadora logística VLI e pela trading Multigrain, com dois navios deixando o porto do Nordeste recentemente, mostram dados de escalas analisados pela Reuters.

A operação por Sergipe se inicia em um ano de embarques recordes do grão, o principal produto da pauta de exportação do agronegócio do país, e de diversificação dos terminais em uso por grandes empresas exportadoras, que buscam evitar gargalos logísticos no Sul e Sudeste.

Além disso, o porto sergipano garante que a exportação é de soja convencional, que costuma ter um prêmio sobre o produto transgênico, que ocupa a maior parte da área plantada no Brasil.

“Cerca de dois anos atrás começamos a discutir um projeto com a Multigrain para escoamento de soja não transgênica do oeste baiano”, revelou à Reuters o diretor comercial da VLI Fabiano Lorenzi.

A VLI faz a operação, enquanto a Multigrain detém exclusividade na originação da soja exportada pelo terminal, explicou o executivo.

Um terceiro navio graneleiro está ancorado na área do terminal Barra dos Coqueiros, próximo a Aracaju, o único em Sergipe, para carregamento da soja, segundo dados de agências marítimas e do rastreamento de embarcações do serviço Eikon, da Thomson Reuters.

Barra dos Coqueiros

O terminal de Barra dos Coqueiros, também conhecido como Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), consiste em um píer de concreto instalado mais de 2 quilômetros mar adentro, protegido por um quebra-mar e ligado ao continente por uma ponte para acesso dos produtos.

Tradicionalmente, o terminal opera cargas como coque, ureia e cimento, muito focado em importações, além de receber barcos de apoio de plataformas petrolíferas da Petrobras em operação naquela região.

Dados alfandegários da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que praticamente apenas soja foi exportada no porto neste ano até junho, totalizando faturamento de 23,9 milhões de dólares.

Segundo a VLI, o objetivo é embarcar 150 mil toneladas de soja em 2015, com possibilidade de aumentar “um pouco” este volume nos próximos anos. “O projeto nasceu para fazer operação específica… Ele não tem ambição de buscar grandes volumes”, afirmou Lorenzi.

Compradores internacionais costumam pagar valores maiores por soja convencional, mas os canais logísticos de escoamento precisam ser totalmente segregados da soja transgênica.

Apenas 6,5 por cento da soja plantada na safra 2014/15 foi de sementes não transgênicas, segundo dados da consultoria Céleres. Quinze milhões de reais foram investidos pela VLI e pela Multigrain para adaptar Barra dos Coqueiros para o escoamento de soja.

Por Reuters

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