Deputada prega pacto contra violência em Sergipe
25 de agosto de 2015
Coral da Melhor Fase dá um show na Barra dos Coqueiros
25 de agosto de 2015
Exibir tudo

André Moura responde a seis processos no Supremo

Escudeiro de Eduardo Cunha, André quer presidir a Câmara

Aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ponto de se postar ao lado do colega quando o peemedebista anunciou o rompimento com o governo, o líder do PSC, André Moura (SE), um dos subrelatores da CPI da Petrobras, coleciona processos na Justiça. No último dia 23 de junho, por exemplo, de uma só vez a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu denúncias do Ministério Público em três inquéritos contra o parlamentar, tornando-o réu sob acusação de ter praticado crimes que vão de apropriação indébita, desvio ou utilização de bens públicos do município de Pirambu (SE), e até mesmo uma suposto envolvimento em um caso de tentativa de homicídio.

Os três inquéritos somam-se a outros três que já tramitam no mesmo STF, além de irregularidades apontadas em outros órgãos, como o Tribunal de Contas da União (TCU), que o responsabilizou por várias ilegalidades, condenando-o, inclusive, ao pagamento de multa. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, o parlamentar informou que todas as acusações se devem a uma inimizade política.

André Moura, ou André Luís Dantas Ferreira, é tão solidário de Eduardo Cunha que apresentou um requerimento no mínimo incomum à CPI: ele quer uma acareação entre a presidente Dilma Rousseff e o doleiro Alberto Youssef. O instrumento da acareação é utilizado nas investigações para esclarecer dúvidas entre depoimentos conflitantes. Dilma não depôs em nenhuma esfera e, portanto, em tese não há contradição a ser enfrentada.

 INQUÉRITOS POR CRIMES NA PREFEITURA DE PIRAMBU

Por um longo período Moura foi o guardião de um segredo que muitos parlamentares que integram a CPI da Petrobras queriam saber: quais são as contas e os valores que a empresa Kroll, contratada pelo presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), outro aliado de Cunha, já identificou no exterior de pessoas ou empresas envolvidas nos escândalos da Petrobras. Apenas Moura e o próprio Motta tinham a informação. Ainda na CPI, logo no início dos trabalhos ele apresentou 40 requerimentos para convocar “responsáveis legais” por multinacionais que nunca chegou a ouvi-los.

Os três novos inquéritos – que se tornarão ações penais a partir da publicação no Diário Oficial de Justiça – referem-se a crimes conexos: apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do município de Pirambu na gestão do então prefeito Juarez Batista dos Santos, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2007. Moura foi prefeito da cidade por dois mandatos e fez de Santos seu sucessor. Os dois, porém, romperam.

De acordo com a denúncia aceita pelo STF, após Moura deixar a prefeitura continuou usufruindo de bens e serviços custeados pela administração municipal, como gêneros alimentícios, telefones celulares e veículos da frota municipal. Ainda segundo a denúncia, alimentos eram comprados no comércio local de Pirambu e entregues na casa do parlamentar. Quem pagava era a prefeitura. Motoristas também eram colocados à disposição de Moura e seus familiares.

O ex-prefeito Juarez Batista dos Santos declarou que o parlamentar indicou funcionários fantasmas para trabalhar na prefeitura, como a mulher dele, Lara Adriana, também denunciada, e recebia mensalmente entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Nas eleições de 2006, ainda segundo o ex-prefeito, Moura foi candidato a deputado estadual e as exigências aumentaram. Sem atender os pedidos, Santos teria sido ameaçado e uma troca de tiros feriu o vigilante da casa do então prefeito. No terceiro caso um adversário político responsabiliza Moura por tiros dados contra a casa dele.

Moura negou, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha cometido qualquer irregularidade ou crime. Segundo seu assessor de imprensa, as denúncias no STF vão seguir o rito jurídico normal e o parlamentar irá provar sua inocência.

Fonte: O Globo

Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *