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Agricultores de Lagarto investem na produção hidropônica

A prática da hidroponia é baseada no cultivo de vegetais em meio líquido

O aumento do interesse pela alimentação natural tem elevado também a incidência de cultivos de vegetais onde não haja o uso de agrotóxicos. Por isso, a agricultura feita em sistemas de cultivo protegido tem sido uma alternativa implementada com sucesso por alguns agricultores alocados no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).  Sejam os produtores orgânicos ou convencionais, eles estão aderindo à Hidroponia em estufas, ou então ao uso de telas de proteção contra insetos e raios ultravioletas (UV).

A prática da Hidroponia é baseada no cultivo de vegetais em meio líquido, através de calhas e sem contato com o solo. A planta passa todo seu ciclo de vida na água de irrigação enriquecida os com nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.  Já as telas têm o objeto de evitar que insetos e suas larvas tenham contato com a plantação, eliminando o risco de contaminações parasitárias que se alimentam, arruínam e muitas vezes até matam o vegetal infectado. Essa trama pode também ser dotada de proteção contra raios UV, provenientes do sol, que igualmente impõem restrições a qualidade dos produtos, notadamente das folhosas, nos horários de maior incidência.

Na propriedade do irrigante Gidelson Gonçalves, as duas tecnologias vêm sendo aplicadas com resultados positivos. Há o cultivo hidropônico com o uso de telas de proteção laterais, além de cobertura plástica de estufa contra a ação da chuva e quem toma conta da instalação é o filho do agricultor, Denisson Rosendo dos Santos. Mas o agricultor possui uma grande área onde há telas de nylon que protegem a plantação e permitem cultivar diversos tipos de legumes e verduras, sem o uso de agrotóxicos.

Gidelson explica que nos seus seis mil metros quadrados de cultivo, protegido pelas telas, planta uma variedade frutífera peculiar e bastante saborosa, chama de “tomate-uva”, o repolho, alface de vários tipos, a cebolinha e a couve flor, sem usar agrotóxicos. “No começo o cultivo era convencional, pois o consumidor, o atravessador, pouco ligavam para a procedência dessas hortaliças. Hoje estou mudando, arriscando num cultivo sem uso de veneno, confiando na potencialidade da tela”.  Instalada há mais de três anos, a trama plástica importada de Israel, na época, levou cerca de uma semana para ser montada.

Hidroponia

Denisson Rosendo, que também é acadêmico em Agroecologia pelo Instituto Federal de Sergipe (IFS), produz em sua estufa hidropônica cinco variedades alface: Crespa, Lisa, Roxa, Cacheadinha e Americana.  Segundo o jovem empreendedor rural, qualquer cultivo pode ser feito no processo de plantio hidropônico. “Desde uma árvore até uma cebola, hoje em dia pode se usar qualquer tipo de semente. O que nós fazemos aqui é o mesmo trabalho que uma planta faz para receber nutrientes, porém, nós não utilizamos a terra,” relatou Denisson, que na sua pequena estufa hidropônica de oito metros por 10, já colhe 950 pés de alface a cada 45 dias.

Dos mais experientes produtores orgânicos do Perímetro Piauí, João Pacheco garante a procedência dos seus produtos livres de agrotóxicos. Ele e outros 10 produtores formam um Organismo de Controle Social (OCS), que é autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a venda direta ao consumidor de produtos orgânicos. “Quem oferece na feira um produto orgânico sem ser, logo será descoberto. Eu não vejo problema nenhum em vir visitar minha horta, porque sei que estou trabalhando correto”, destacou.

A importância que João Pacheco dá em não usar defensivos químicos é tamanha que agora ele decidiu inovar. Investiu R$ 14 mil também em enorme telado vermelho, anti-insetos e raios UV, que também retem o impacto da chuva sobre os canteiros. Medindo 70 por 30 metros, a grande área coberta abriga as culturas que são mais vulneráveis à ação das pragas, como as variedades de tomate cereja e tomate francês, o pimentão, o jiló, a berinjela, a alface, a cenoura, o repolho e também o coentro.

Fonte e foto: Ascom/Cohidro

 

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