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Síndrome pós-pandemia da covid-19 pode afetar os cães

Alguns cães apresentam angústia ou ansiedade pela separação

A relação entre cães e tutores se tornou ainda mais próxima durante o confinamento imposto pela pandemia da covid-19. Muitas famílias, inclusive, apostaram na adoção ou compra justamente nessa fase. A pesquisa Radar Pet 2021, apresentada pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC), revelou que 30% dos pets foram adquiridos durante o período de isolamento social e 23% dos tutores o fizeram pela primeira vez.

Com o avanço da vacinação, porém, o home office já não é uma realidade para todos. Muitas empresas estão solicitando o retorno de seus funcionários aos escritórios, o que os obrigada a deixar seus amigos de quatro patas sozinhos em casa por longas e longas horas. O resultado? Animais têm apresentado angústia ou ansiedade pela separação, um distúrbio comportamental relacionado ao sofrimento por conta da distância dos humanos.

Síndrome pós-pandemia

Alguns sinais apontam que os cães podem estar sofrendo da síndrome pós-pandemia, como explica Géssica Araújo, professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio. “Latidos excessivos, destruição de objetos, como sofás, portas, controles de TV, lambeduras constantes das patas, inquietação e movimentos repetitivos, como correr atrás do próprio rabo, devem chamar a atenção dos tutores.”

A especialista afirma que, identificados esses sinais, a família deve procurar atendimento médico-veterinário para a avaliação do grau de ansiedade e estabelecer a melhor terapêutica para o pet. “Em casos mais graves, a terapia medicamentosa pode ser necessária”, aponta.

Além da própria ansiedade pela separação, outros problemas podem surgir relacionados ao estresse de modo geral, como doenças dermatológicas, renais e comportamentais. Por isso a necessidade de estar bem atento a qualquer mudança.

Dicas para adaptação

Géssica dá algumas orientações importantes para adaptar os cachorros à ausência dos tutores com a volta ao trabalho presencial. As principais dicas estão relacionadas à saída, à chegada e ao tempo de permanência distante do pet.

“Ao sair, evite dar ‘tchau’ ou fazer carinhos de despedida no seu pet, pois estimulam a associação das saídas aos momentos posteriores de solidão. Ao chegar, evite dar atenção imediatamente. Entre em casa, faça algumas breves atividades rotineiras e só então dê atenção a ele. A atenção imediata após a chegada gera a ansiedade pelo retorno do tutor, uma vez que o cão pode fazer a associação do momento de chegada com carinho”, ensina.

“Em relação ao tempo de permanência, o tutor pode sair e passar um curto tempo fora de casa e, ao longo da semana, ir alongando esse período. Assim, o pet associa esse hábito como uma rotina normal do dia a dia”, completa.

Comportamento do animal

O tempo necessário para essa adaptação depende do comportamento do animal e da colaboração do tutor. “Cada animal reage aos estímulos no seu tempo. É necessário ter bastante paciência e dedicação nesse momento”, diz Géssica.

A professora da Estácio lembra ainda que cães nascidos na pandemia viveram uma realidade diferente da dos anteriores a 2020 e, por isso, precisam se adaptar não só à nova rotina de trabalho dos tutores, mas também a demais aspectos. “Eles cresceram muitas vezes isolados e sem possibilidade de socialização com outros cães. É preciso pacientemente apresentar o ‘mundo externo’ e os outros animais a esse pet, sempre associando novas descobertas a reforços positivos, como petiscos e carinhos”, finaliza.

Fonte: Jornal Metro

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