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Sergipe tem a 6ª maior taxa de analfabetismo do Brasil

O estudo do IBGE mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização

O IBGE divulgou que Sergipe é o sexto estado brasileiro em número de analfabetos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a taxa de analfabetismo em Sergipe entre pessoas de 15 anos ou mais foi de 11,7% em 2022. Isso representa cerca de 215 mil sergipanos sem que não sabem ler nem escrever. Em todo o país, são 9.560 milhões de pessoas nessa condição.

Os dados divilgados pelo IBGE revelam que, entre os anos de 2019 e 2022, houve redução de 0,9% na taxa de analfabetismo em Sergipe, sendo que entre 2016 e 2022, a queda foi de 2,2%. Além de ser a sexta maior do Brasil, a taxa registrada no estado foi superior à média nacional (5,6%). A maior taxa (14,8%) foi registrada no Piauí e a menor, (1,9%), no Distrito Federal.

É importante ressaltar que existe uma diferença entre as taxas quando os grupos são analisados por idade. Por exemplo, em Sergipe, enquanto que a taxa de analfabetismo entre jovens de 18 anos ou mais chega a 12,5%, na população com 60 anos ou mais, ultrapassa os 35%.

Cor e raça

Essa diferença também é sentida em termos de cor ou raça. Na população branca esse índice é de 9,6%, enquanto que na população preta ou parda, chega a 12,5%. Em termos gerais, mais de 40% da população possui somente o ensino fundamental incompleto ou estão sem instrução.

A pesquisa buscou identificar os níveis de escolaridade da população sergipana. Os dados demonstram que 41,6% das pessoas possuem como grau de escolaridade o fundamental incompleto ou estão sem instrução. Este é o quarto maior percentual do país e, nacionalmente, a Paraíba tem o maior índice, com 44,3%.

Ainda, este percentual, que indica baixa escolaridade, é maior entre homens (44,7%), do que entre mulheres (38,7%). Apesar do percentual elevado, ao longo dos anos, houve uma redução. Em 2016, eram 47,7% e em 2019, 46% das pessoas nessa condição. Em contrapartida, houve um aumento de pessoas com ensino médio completo e superior incompleto, saindo de 27,6% em 2016 para 31% em 2022.

Só têm o ensino fundamental

Na capital, Aracaju, 22% das pessoas possuem como grau de escolaridade o ensino fundamental incompleto ou são sem instrução e 41% de pessoas possuem ensino médio completo e superior incompleto. Em 2016, esse percentual era de 36%.

Somente 12,8% dos estudantes estão no nível superior: percentual é o quinto menor do país. Em uma análise por idade, 45,2% das pessoas com 25 anos ou mais possuem como grau de escolaridade o ensino fundamental incompleto ou são sem instrução. Ainda, 30,6% tem o médio completo ou superior incompleto. Das pessoas com 25 anos ou mais, 12,8% têm superior completo, 26,2% têm ensino médio completo ou equivalente e 9,9% estão sem instrução. Ainda, 35,3% têm ensino fundamental incompleto ou equivalente.

Em termos gerais, Sergipe apresenta 12,8% dos estudantes em nível superior e esse é o quinto menor percentual do país. No DF, esse percentual chega a 37% e o menor índice está no Maranhão, com 11,4%. O ensino superior é mais presente entre mulheres (15,2%) do que entre homens, (10,2%).

Desigualdade entre pretos

Desigualdade educacional entre pretos e pardos é maior na comparação com as pessoas brancas. Na análise por cor ou raça, 47,7% das pessoas com 25 anos ou mais que são pretas ou pardas possuem o grau de escolaridade como ensino fundamental incompleto ou sem instrução. Esse percentual é de 37,7% entre pessoas brancas. Em contrapartida, enquanto 10,9% das pessoas pretas ou pardas com 25 anos ou mais de idade possuem ensino superior completo, esse percentual é de 18,5% entre pessoas brancas.

Ainda, do total de 1.488 milhão de pessoas com 15 anos ou mais que frequentaram a escola, 46% estavam em situação de classe de alfabetização, ensino fundamental, EJA, AJA ou curso equivalente. Esse percentual é de 48,3% entre pessoas pretas e pardas, assim como de 38,9% entre pessoas brancas. Já em relação ao nível superior, o percentual é de 13,8% entre pessoas brancas e de 10,5% entre as pessoas pretas ou pardas.

Sergipe apresenta baixos índices de estudantes na pós-graduação: pessoas brancas têm quase o dobro do percentual. Em termos gerais, 35% das pessoas com 15 anos ou mais concluíram o ensino médio, 11,4% estão no ensino superior e 3,9% na pós-graduação, seja para especialização, mestrado ou doutorado. Na pós-graduação, 5,9% das pessoas são brancas e 3,2%, pretas ou pardas.

Pós-graduação

Com isso, Sergipe integra as 12 Unidades da Federação que possuem menos de 4% dos estudantes na pós-graduação. O menor percentual está no Maranhão, com 2,7% e o maior, no Distrito Federal (12,8%).

Em 2016, o percentual de estudantes de pós-graduação em Sergipe era de 2,2%. Ou seja, o número quase que sobrou, apesar de ainda ser baixo.Em relação ao ensino superior, em 2019, o percentual era de 10,1% e em 2022, de 11,4%.

Em relação à ocupação, 34,9% dos estudantes de 15 anos ou mais estavam ocupados em 2022. Esse percentual era de 32,1% em 2019. Pessoas brancas se encontram em condição de maior ocupação (37,5%), em comparação com pessoas pretas ou pardas (33,7%).

Fonte: IBGE (Foto: Agência Brasil)

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