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Sergipe discute sementes crioulas

Evento visa construir uma legislação de sementes crioulas para Sergipe

‘Que lei de sementes queremos para Sergipe?’ – Esta é a pergunta que propõem os organizadores do 1º Seminário Estadual sobre Legislação de Sementes Crioulas, que acontecerá no auditório da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, no próximo dia 30.

Com o tema ‘Semente: Patrimônio do Povo a Serviço da Humanidade’, o seminário reunirá técnicos agrícolas, gestores públicos, pesquisadores e agricultores de todos os Territórios da Cidadania estabelecidos em Sergipe. O objetivo é debater e buscar construir políticas públicas e uma legislação de sementes crioulas para o estado.

De acordo com o pesquisador da Embrapa e coordenador do evento, Amaury Santos, a ideia é criar as bases para implementar uma política que favoreça o conhecimento camponês presente nas sementes crioulas que persistem nas mãos dos diversos povos presentes nos territórios sergipanos.

“São as sementes crioulas que detêm a condição de se adaptar às realidades locais e que carregam a cultura camponesa, tanto nos saberes quanto nos sabores”, argumenta Amaury.

Partilha das sementes

A programação envolve discussões sobre a realidade atual da conservação, multiplicação e partilha das sementes crioulas nos territórios sergipanos e um painel com debate e construção coletiva de uma proposta de legislação de sementes que fortaleça a organização popular camponesa.

A inspiração em reivindicar uma política de sementes crioulas para Sergipe vem da existência de leis implementadas na Paraíba e em Alagoas. Essas normas favorecem um programa estadual de Bancos de Sementes Comunitários (BSC), determinando que o governo estadual garanta recursos para o resgate, multiplicação e conservação de sementes de variedades locais, que estão preservadas por famílias camponesas.

Paraíba

Amaury Santos coordenou o projeto de pesquisa da Embrapa com foco no resgate das sementes crioulas nas regiões da Borborema e do Cariri, no Semiárido da Paraíba. Nessas localidades, agricultores familiares usam as sementes crioulas, conhecidas como ‘sementes da paixão’, para formarem suas lavouras. As sementes garantem a diversidade genética, são resistentes à seca e representam um patrimônio da agricultura local.

Os resultados revelaram que muitas cultivares oriundas das sementes da paixão tiveram rendimento igual ou superior às sementes comerciais ou aquelas fornecidas por políticas públicas. “Isso mostra que o produtor conhece a sua terra, sua lavoura e sabe que cada semente “vinga” e desenvolve melhor em um determinado solo e em um determinado clima”, acredita Santos.

Fonte e foto: Ascom/Embrapa

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