WhatsApp deixa de funcionar em 35 modelos de celulares
30 de julho de 2023
Receita paga hoje 3º lote de restituição do IR
31 de julho de 2023
Exibir tudo

Sebo bovino é 2ª matéria-prima na produção de biodiesel

O sebo bovino é matéria estratégica na cadeia produtiva do biodiesel

Quando se fala de bovinos, logo vêm à mente, carnes como filé mignon, picanha, alcatra, coxão mole, entre outras. Mas o aproveitamento do boi não se restringe ao mero consumo de carne. Um conhecido ditado afirma que do boi só não se aproveita o berro. Quanto engano. Do boi se utiliza tudo, até mesmo o berro. Sabia que o sebo bovino é a segunda matéria-prima na produção de biodiesel?

O sebo bovino hoje é visto como uma matéria estratégica na cadeia produtiva do biodiesel, com a participação atual entre 13% e 15% da produção global deste biocombustível no Brasil. Há uma perspectiva de crescimento no uso dessa matéria-prima pelo fato de o país possuir o maior rebanho bovino do mundo (cerca de 222 milhões de cabeças, segundo dados do Mapa). “Além disso, o sebo bovino e outras gorduras tem inserção no Selo Combustível Social, o que favorece pequenos produtores e agricultores familiares”, disse Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

No aspecto técnico, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia afirmou que a institução tem expertise no assunto. Ele citou alguns dados técnicos que conferem vantagem ao sebo bovino para uso na produção de biocombustíveis, entre elas: maior estabilidade à oxidação (por conter em sua composição química 45% de cadeias saturadas), o que favorece a estocagem por tempo maior; maior número de cetanos, elemento que mede a qualidade da queima do biocombustível nos motores de ciclo diesel; e menor emissão de dióxidos nitrosos.

Impacto positivo

Sob o ponto de vista ambiental, Alonso resssaltou que o sebo bovino e demais gorduras animais são considerados resíduos no contexto da RenovaCalc (a calculadora do RenovaBio), o que tem impacto positivo sobre a Nota de Eficiência Energético-Ambiental. “Aos resíduos não são atribuídas emissões de gases do efeito estufa referente à sua geração, mas contabilizadas somente as emissões que ocorrem a partir do recolhimento desse resíduo, seu transporte até as unidades de processamento e etapas de produção do biocombustível”, explicou.

Ele também lembrou que a cadeia do sebo bovino emite menos frações de CO² do que a maioria das matérias-primas direcionadas à indústria de biodiesel. Como última vantagem ambiental, Alonso lembrou que o próprio uso do sebo bovino já é, em si, dar uma destinação nobre a um potencial resíduo ambiental.

Por fim, Alonso falou do aspecto político, mais especificamente da certificação de usinas dentro da política do Renovabio. Segundo ele, a cadeia de soja tem apresentado dificuldades para a elegibilidade dentro do programa, o que não ocorre com o sebo bovino. “O uso do sebo bovino tem viabilizado a entrada de mais usinas de biodiesel no contexto do RenovaBio”, concluiu.

Fonte: Embrapa (Foto: ABRA)

Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *