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Rodrigo pode ter conhecido o miliciano morto na Bahia

Acusado de crime bárbaro, Rodrigo Rocha estava numa clínica em Aracaju

Foragido desde o assassinato do jovem Jorge Alexandre Souza Santana, em 23 de janeiro passado, do qual é o principal suspeito, o empresário lagartense Rodrigo Rocha pode ter tido contato com o miliciano carioca Adriano Nóbrega, morto pela Polícia baiana no último domingo (9). Esta suspeita aumentou depois que a Folha de São Paulo publicou, ontem (15), que o ex-capitão do BOPE do Rio de Janeiro participou de vaquejadas em Lagarto e Itabaiana.

Segundo o jornal paulista, “nos meses anteriores à morte [Adriano] participou de competições de vaquejada nos municípios de Lagarto e Itabaiana, em Sergipe, Serrinha e Inhambupe, na Bahia, mesmo diante de câmeras e de grandes públicos”. Como se sabe, Rodrigo Rocha é filho do dono do Parque de Vaquejada Zezé Rocha, onde trabalhava a vítima Jorge Alexandre Souza Santana.

Polícia sem pista

A Polícia sergipana ainda não obteve êxito na caçada à Rodrigo Rocha, que fugiu de Lagarto na mesma noite do assassinato de Jorge Alexandre Souza Santana. O empresário lagartense tem uma robusta ficha policial. No final da década de 90, ele matou a tiros o vigilante José dos Santos, de 59 anos, quando este se encontrava trabalhando no centro de Lagarto. Foragido, só foi preso em junho de 2001 na cidade maranhense de Bacabal, graças à uma ação conjunta das Polícias Federal e Civil.

É o Ministério Público Estadual que, em 2004, ao propor à Justiça a transferência do julgamento de Rodrigo Rocha de Lagarto para Aracaju, narra o passado turbulento do empresário: “Um jovem violento, desrespeitador da Polícia, do Poder Judiciário e do Ministério Público, beneficiário de ‘sursis processual’ por crime de lesão corporal contra um policial militar dentro da delegacia de Lagarto e estando respondendo a outra ação penal pública por porte de droga”.

Tiros em Riachão

No mesmo ofício, o Ministério Público de Sergipe conta que, “olvidando as condições que lhe foram impostas para cumprimento de prisão domiciliar”, Rodrigo Rocha foi de Lagarto para Riachão do Dantas, onde se envolveu numa confusão e atirou contra uma pessoa em plena praça pública. O MPE lembra que o empresário “é filho do atual [ex] prefeito de Lagarto, homem rico, detentor de grande prestígio político, o que compromete a realização de um julgamento popular sereno, seguro e imparcial”.

Em março de 2009, um release da Secretaria da Segurança Pública enviado à imprensa expõe outro delito cometido pelo empresário foragido. Informa que policiais militares prenderam Rodrigo Rocha sob a acusação de ter ferido à faca um turista do Recife durante o Lagarto Folia. A prisão, contudo, foi complicada porque o acusado tentou fugir e, ao ser alcançado, entrou em luta corporal com dois policiais, os ameaçando verbalmente. Controlado, foi levado para a delegacia de Simão Dias, tendo sido denunciado em inquérito por tentativa de homicídio, dirigir embriagado, desacatar, resistir, agredir e ameaçar os policiais militares.

Agora, o empresário que, na verdade, se chama Rodrigo Dantas dos Santos, está sendo procurado desde que a Justiça decretou sua prisão provisória por ser o principal suspeito pelo assassinato de Jorge Alexandre Souza Santana, que era seu empregado. O crime aconteceu no interior da casa de Rodrigo, que sumiu de Lagarto sem deixar muitas pistas. No meio policial há quem afirme que o fugitivo já deixou Sergipe, como fez após assassinar a tiros o vigilante José dos Santos.

Texto: Destaquenoticias

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