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Políticos de Sergipe acusados de comprar votos

Juíza apurou que o processo contra André Moura foi anulado

Simone, Carlinho, Marquinho, Ninho, Joclecio, Dude, Beto e Preguinho… Os nomes, ao lado do valor ‘20’, constam de uma suposta ‘lista de compra de votos’ apreendida em 2014, pela Polícia Civil de Sergipe, com uma correligionária do líder do governo Temer no Congresso, André Moura (PSC). Com ela, que foi flagrada em grampo em tratativas com eleitores, também foram encontrados panfletos, dinheiro e santinhos.

O ’emprego do tio Zé’, ‘sacos de cimento’, e valores que não passavam de R$ 200 estão entre as supostas benesses em troca de votos ao líder do governo Temer no Congresso, André Moura (PSC), o senador Eduardo Amorim (PSDB) e o deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) nas eleições de 2014, segundo uma lista apreendida em 2014 na casa de uma correligionária do deputado federal, em Carira, interior de Sergipe.

O caso é investigado no Supremo Tribunal Federal. Além da lista, santinhos e R$ 950 apreendidos na casa de Adriana Chagas,  ela também foi flagrada em grampos nos quais prometia até mesmo dentes em troca de votos. 

Bancos já entregaram dados dela, do secretário de Obras de Carira, Gabriel Chagas (PSC), aliado de Moura, e de outros investigados. Eles atenderam a determinação da ministra Rosa Weber, relatora do inquérito.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO MÁRCIO CONRADO, QUE DEFENDE ANDRÉ MOURA

Em relação aos fatos colocados na sua matéria, tenho a dizer o seguinte:

1 – O Deputado André Moura desconhece qualquer lista de compra de votos na eleição de 2014 em seu benefício;
2 – As interceptações telefônicas são conversas particulares de terceiro sem qualquer conhecimento ou participação direta ou indireta do deputado;
3 – O Deputado conquistou seu mandato com votação ampla dentro de uma campanha eleitoral limpa sem qualquer mácula.

Márcio Conrado

COM A PALAVRA, O SENADOR EDUARDO AMORIM

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa, mas não obteve resposta.

Quando a investigação veio à tona, o senador se manifestou:

Em resposta à matéria veiculada no Estadão nesta quinta-feira (15/03) a Assessoria de Imprensa do senador Eduardo Amorim esclarece:

1) A assessoria de imprensa do senador Eduardo Amorim afirma que o parlamentar não é interlocutor em nenhum diálogo interceptado. O senador é apenas citado em uma conversa de terceiros, que aconteceu em ambiente privado, sobre a qual não tem nenhum tipo de controle ou influência.

2) O contexto citado pelo veículo é desconhecido, por completo, pelo parlamentar. Reafirmamos que esse senador não teve conhecimento nem direta, nem indiretamente com o objeto do inquérito e não foi, até o momento, chamado para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o assunto;

3) A assessoria de imprensa reitera que durante a sua vida pública jamais teve qualquer envolvimento ou condenação relacionada à compra de votos;

4) Por essas razões, e por acreditar no trabalho do Poder Judiciário, prestará, tão logo seja notificado, os esclarecimentos para que essa investigação tenha um trâmite rápido e ao final seja, no que nos concerne, elucidada.

Assessoria de Imprensa
Senador Eduardo Amorim

COM A PALAVRA, LUCIANO PIMENTEL

Sobre esse caso tenho pouco a dizer, até porque nunca fui notificado sobre a existência desse procedimento, e por esse motivo não conheço a fundo essas alegações, apenas o pouco que acompanhei pela imprensa. Mas afirmo que não pratiquei qualquer ato ilícito em minha campanha eleitoral.

COM A PALAVRA, AMANDA CHAGAS

A reportagem entrou em contato com Amanda Chagas. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, GABRIEL CHAGAS

“Só vou me manifestar quando for notificado e tiver conhecimento dos autos”.

Texto de Luiz Vassallo, publicado no jornal Estadão

 

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