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Político sergipano é preso ao tentar fugir

Acusada de desviar mais de R$ 900 mil reais de merenda escolar da cidade de Bom Jardim, a 275 Km do Maranhão, a prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (PP), está foragida. O marido dela, pecuarista sergipano Beto Rocha (PP), foi preso ontem pela Polícia Federal em um posto de gasolina, na cidade de Itapecuru, quando tentava fugir para São Luís. Os dois e outros auxiliares da prefeita – a exemplo de Antônio Cesário, preso juntamente com Beto -, são acusados por desvios de verbas de merenda escolar, de reforma de escolas, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo o chefe da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal do Maranhão, Ronildo Lages, a prefeitura conseguia fechar recursos e contratos para os agricultores. “Ela fazia com que os agricultores leigos e semi-analfabetos de extrema pobreza sacassem os valores e repassassem para ela em espécie, como uns R$ 300 mil, que apenas 30% do valor foi utilizado para merenda escolar, no total de desvio de um contrato, resulta em no mínimo R$ 900 mil a R$ 1 milhão, valor que pode ser ultrapassado”, contou o delegado.

O esquema de corrupção acontece desde 2013, só após denuncias por moradores e vereadores da oposição, é que a Polícia Federal tomou conhecimento e começou a operação que acontece desde o ano passado.

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, a ação da polícia é para mudar a história do Estado contra os desvios de verbas da educação e merenda escolar. “Precisamos mudar essa história principalmente na área da educação, os recursos chegam, mas não são investidos em milhares de crianças em extrema pobreza e semi-analfabetas”, disse Alexandre Saraiva.

Troca de candidato

Em 2012, Lidiane Leite, aos 22 anos, tornou-se candidata porque o então candidato e seu marido, Beto Rocha, que é filho do ex-prefeito de Lagarto, Zezé Roca, ficou impossibilitado de concorrer ao cargo por ter sido impugnado por meio da Lei da Ficha Limpa. Na época, Lidiane trabalhava em um mercado e assumiu o lugar do namorado como candidata e foi eleita prefeita do município de Bom Jardim. A prefeita já havia sido afastada do cargo em dezembro de 2014 pela Justiça do Maranhão.

Lidiane deveria obedecer à ação judicial para regularização das aulas na educação infantil e fundamental, fornecimento de merenda e transporte escolar. Entretanto, pelo não cumprimento das disposições ela foi afastada pela Justiça. Após recursos judiciais, ela foi reconduzida ao cargo. No início de 2014, o decreto da prefeita que tornou nulas as nomeações dos excedentes do concurso público homologado em novembro de 2011 foi cassado pela Justiça a pedido do MP-MA.

Fonte: O Imparcial

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