Aos 82 anos de idade e fazendo versos como nunca, o poeta Pedro Amaro do Nascimento virou nome de Cordelteca, local dedicado a quem aprecia essa literatura popular. Instalado na Biblioteca Garcia Moreno, do Centro Universitário Estácio de Sergipe, o espaço cultural foi inaugurado com muita festa e, naturalmente, com a presença e a poesia do homenageado: “Visitar a Cordelteca/É olhar o horizonte/É beber água na fonte/Naquela que nunca seca/Na Cordelteca verei/Uma bela livraria/Hoje vejo a poesia/Melhor do que encontrei”.
O reitor Bruno Antunes disse que ao homenagear Pedro Amaro, o Centro Universitário Estácio de Sergipe está reconhecendo a importância do cordel e abrindo um espaço em suas instalações para os amantes desta literatura tão difundida no Nordeste. “Esperamos que, além dos alunos, a comunidade visite a Cordelteca, debata sobre os poetas e a literatura de cordel”, frisou. A professora Rosilene Pimentel, coordenadora dos cursos de Pedagogia e Letras, também recorreu à poesia ao falar sobre a homenagem a Pedro Amaro: “O cordel está presente/ De norte a sul do Brasil/ Cada tema é diferente/ Riqueza igual não se viu”.
Nascido no município pernambucano de Paudalho, Pedro Amaro adotou Sergipe para morar e aqui constituir família. Autor de l08 livros de cordel, o poeta homenageado pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe possui uma centena de diplomas e certificados relacionados à poesia. Em 2007, o renomado cordelista recebeu menção honrosa de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, pelo livro “João Paulo II”, de sua autoria. Pedro Amaro é membro fundador da Academia Sergipana de Cordel e anfitrião da Casa do Cordel, ponto de encontro da poesia em Aracaju que também leva o seu nome.