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Pix é usado em 78% dos pequenos negócios

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Perder vendas por falta de opções de pagamento deixou de ser um obstáculo para a empreendedora Verônica Lucena, que possui uma loja de calçados no município de Laranjeiras, na Grande Aracaju. Ela aderiu ao Pix no último ano e viu a comercialização crescer graças às facilidades da ferramenta. Ela é um dos clientes do programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste (Crediamigo) que usam regularmente a nova forma de pagamentos instantâneos. Em 2021, o programa alcançou a cifra de R$ 7 bilhões em transferências via Pix em mais de 20 milhões de transações realizadas.

Verônica destaca a popularidade da ferramenta, já que a grande maioria dos consumidores da loja utiliza o Pix e prefere não andar com dinheiro em espécie, por questões de segurança e pela agilidade. “Antes, com a transferência, levava alguns minutos até o dinheiro cair na conta, o que atrasava as entregas. Agora com o Pix, encurtamos esse tempo. Além disso, aumentamos a segurança dos clientes e da loja, pois assim não precisamos guardar muito dinheiro físico no caixa”, explica a comerciante.

A empreendedora Cássia Alves conta que os clientes já perguntam ao entrar no ateliê: “-Aceita Pix?”. Ela trabalha com aluguel de roupas em Lagarto, no Centro-Sul do estado, e explica que os clientes estavam acostumados a pagar com cartão ou à vista, mas preferem a nova modalidade. “Gosto de utilizar o Pix até para comprar mercadorias com fornecedores, exceto se for um valor muito alto”, diz a empreendedora.

Caiu no gosto popular

De acordo com a superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar do BNB, Lúcia Barbosa, o Pix caiu rapidamente no gosto popular pela praticidade, tendo provocado, em pouco tempo, uma revolução no sistema brasileiro de pagamentos.

“O Pix pode ser visto como uma ferramenta de inclusão social e bancarização, na medida em que impulsiona as vendas de pequenos empreendedores e os familiariza com as movimentações na conta corrente”. A gestora informa que o Crediamigo registra 1,2 milhão de chaves Pix cadastradas.

Pix versus pandemia

Segundo relatório do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), baseado em pesquisa do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os pequenos empreendimentos que utilizaram Pix durante a pandemia tiveram menor perda no faturamento. A redução média de receitas dos que usaram Pix foi de 33%, enquanto a dos que não utilizaram a ferramenta de transferência instantânea chegou a 44%.

O Nordeste (81%) é a terceira maior região em quantidade de pequenos negócios com chaves Pix cadastradas nas instituições financeiras habilitadas. No estado de Sergipe, o Pix é utilizado em 78% dos pequenos negócios. Entre os destaques da área de atuação do BNB, Piauí (89%), Paraíba (88%), Rio Grande do Norte (87%) e Maranhão (86%) superam a média regional.

Fonte: BNB

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