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Pimenta ganha selo

O selo é uma homenagem dos Correios às pimentas brasileiras

A pimenta, condimento picante mais consumido no mundo mereceu destaque por estampar uma emissão postal dos Correios. A proposta do selo foi eleita pela Comissão Filatélica e homologada pelo Ministério das Comunicações para compor a programação de 2015 no tema “Flora”. A quadra de selos retrata diferentes pimentas tipicamente brasileiras, tais como: dedo-de-moça, bode, malagueta e biquinho.

Há mais de três décadas, a Embrapa trabalha no desenvolvimento de pimentas mais produtivas e resistentes para atender os diversos segmentos do setor, desde produtores até empresas processadoras. “Ficamos muito agradecidos com a homenagem dos Correios porque é uma maneira de apresentar nossas pimentas para o público urbano e a sociedade em geral”, afirma o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Warley Nascimento.

Para a assessora da presidência dos Correios, Maria de Lourdes Fonseca, com os novos selos, a filatelia brasileira vai mostrar para o mundo os tipos de pimenta que estudamos e cultivamos no nosso país. “Essa quadra de selo é um esforço de duas instituições nacionais para divulgação do nosso patrimônio genético”, analisa Maria ao esperar que, cada vez mais, as pimentas e os selos brasileiros sejam apreciados.

Estampa de cultivares

Os selos representam um registro iconográfico de valor inestimável, por isso, acredita-se que existam mais de 40 milhões de colecionadores ao redor do mundo. As emissões transportam uma mensagem e, no caso dos selos das pimentas, além de celebrar a biodiversidade brasileira com uma espécie vegetal nativa do continente americano, eles divulgam cultivares lançadas pela Embrapa Hortaliças, com sede em Brasília.

Na série de selos, três cultivares ganharam um papel de destaque nas estampas: BRS Mari, BRS Seriema e BRS Moema. No segmento dedo-de-moça, a pimenta BRS Mari ocupa uma fatia importante do mercado. Além de rústica e produtiva, ela apresenta alto grau de pungência e, por isso, quando em flocos desidratados, resulta em uma pimenta calabresa de alta qualidade.

O ardor acentuado também é característica da cultivar BRS Seriema, pimenta do tipo bode com frutos pequenos e picantes, recomendados para o processamento de conservas. Mas, se alguns consumidores preferem frutos ardidos, há aqueles que valorizam o aroma e o sabor. A pimenta BRS Moema, do tipo biquinho, é uma boa opção nesse caso, tanto para o consumo fresco quanto para a produção de conservas e geleias.

De acordo com a pesquisadora Cláudia Ribeiro, que apresentou uma palestra durante o evento, a cadeia produtiva de pimenta pode esperar novas tecnologias para os próximos anos como frutos com melhor qualidade nutricional, com colorações variadas e com adaptação ao sistema orgânico. “Temos uma coleção com grande diversidade genética que nos possibilita desenvolver cultivares para atender diversos nichos de mercado”, pondera Cláudia. Anualmente, o Brasil produz 280 mil toneladas de pimenta distribuídas em 13 mil hectares – a espécie está entre as dez hortaliças mais cultivadas no país.

Fonte e foto: Embrapa

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