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PF prende no Maranhão filho de Zezé Rocha

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (20), mandados de prisão no município de Bom Jardim, no Maranhão. Foram presos os ex-secretários de Agricultura, Antônio Gomes da Silva e Humberto Dantas dos Santos, de Assuntos Políticos, companheiro da prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (PP), acusada de desviar R$ 3 milhões destinados à construção e reforma de escolas. Conhecido como Beto Rocha, o pecuarista e companheiro da prefeita maranhense é filho de Zezé Rocha, ex-prefeito de Lagarto.

As prisões ocorreram no início na manhã desta quinta-feira (20) durante operação de busca, apreensão e prisão  da PF. Os presos são acusados de desvios de verbas da merenda escolar, da reforma de escolas, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Os desvios de recursos são investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e Ministério Público Federal (MPF).

Em reportagem que ganhou repercussão nacional, escolas públicas em Bom Jardim, que deveriam ter recebido reformas estão sem condições mínimas de uso. Na reportagem são mostradas as possíveis fraudes em licitações, desvio de dinheiro da merenda escolar e transferências bancárias irregulares.

Prefeita por acaso

Antes de entrar para a política, Lidiane, que se tornou prefeita aos 22 anos quase por acaso, trabalhava em um mercado. Em 2012, o namorado dela na época, Beto Rocha, era candidato a prefeito. Só que ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e teve a candidatura impugnada. Lidiane assumiu o lugar do namorado e foi eleita.

Depois que assumiu o cargo, Lidiane passou a compartilhar fotos da sua nova rotina nas redes sociais. Nesta postagem, ela diz “eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem.” E completa: “beijinho no ombro pros recalcados”.

Afastamento em 2014

Em dezembro de 2014, a Justiça do Maranhão havia determinado o afastamento da prefeita pelo prazo de 180 dias, baseado no descumprimento judicial relacionado à regularização das aulas na educação infantil e fundamental, fornecimento de merenda e transporte escolar no município maranhense.

De acordo com a ação, protocolada pelo MP-MA, a gestora municipal havia apresentado informações falsas a respeito das irregularidades, com o objetivo de apresentar o regular cumprimento das determinações impostas pela a Justiça. Porém, as informações foram desmentidas por meio de denúncias realizadas pelos próprios moradores da cidade.

Não foi a primeira vez que a gestora era citada pela Justiça por má conduta: no início de 2014, a Justiça deferiu liminar, a pedido do MP-MA, para declarar a ilegalidade de decreto da prefeita que tornou nulas as nomeações dos excedentes do concurso público homologado em novembro de 2011.

Fonte: Maranhão da Gente (Crédito marcelovieira.blog.br)

 

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