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Pesquisa cataloga borboletas em Sergipe

Pesquisa da Universidade objetiva conhecer as espécies de borboletas na região

Uma pesquisa inovadora sobre borboletas está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Sergipe (UFS). O estudo é coordenado pelo Doutor em Ciências Biológicas (Entomologia), Luis Anderson Ribeiro Leite, e tem como objetivo conhecer as espécies de borboletas na região, sendo os primeiros registros do estado de Sergipe.

O estudo vem sendo realizado há dois anos, e visa o levantamento da lepidopterofauna diurna (borboletas), no Parque Nacional da Serra de Itabaiana. O estado de Sergipe é o único da região Nordeste que não possui quaisquer dados sobre a fauna de borboletas, sendo estas as primeiras borboletas conhecidas e catalogadas de Sergipe.

De acordo com o professor Luis Anderson, o Parque Nacional da Serra de Itabaiana foi escolhido pela grandiosidade e diversidade de biomas. “Ainda que o parque sofra com a degradação por parte de algumas pessoas que o visitam, o mesmo deve ser explorado, para sabermos o que deve ser conservado, preservando assim o próprio parque”, afirmou o pesquisador.

Indicadores ambientais

Ainda segundo o pesquisador, as borboletas são consideradas excelentes indicadores ambientais, pois através de sua sensibilidade, é possível identificar a diversidade de recursos alimentares, qualidade de ar e água de um determinado local. “Em ambientes que sofrem mínimas alterações climáticas, algumas espécies já param de existir naquela localidade, sendo então excelentes indicadores de qualidade do ambiente”, explicou.

Para a coleta das borboletas existem dois métodos. O primeiro é o método clássico, ou seja, a coleta ativa, que o pesquisador utiliza a rede entomológica para fazer a interceptação do voo.  A segunda é uma captura indireta a partir de armadilhas, que são colocadas juntamente com iscas para capturar os indivíduos.  No parque de Itabaiana, a coleta ativa é a mais recorrente.

Resultados

O estudo já detectou pelo menos duas possíveis novas espécies na região da Serra de Itabaiana, sendo necessário um aprofundamento neste estudo taxonômico. Além disso, os pesquisadores pretendem através do projeto preparar o primeiro guia em formato de livro, sendo os primeiros registros sobre as borboletas e suas identificações no estado, e aumentar a quantidade de espécies de borboletas catalogadas em Sergipe.

A coleção entomológica da universidade conta com um pouco mais de 200 espécies pertencentes ao Parque de Itabaiana, porém com a pesquisa, a estimativa é de que este número aumente.

Para o professor, a coleção da UFS é de extrema importância tanto para a universidade, como para a comunidade cientifica. “Toda coleção representa a realidade da flora ou da fauna de uma determinada região, e que dura para sempre com curadoria adequada. A partir disso, as próximas gerações poderão desenvolver diversos estudos, eternizando assim a ciência”.

Fonte e foto: Fapitec/SE

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