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Óleo cru atinge aves migratórias no litoral de Estância

As aves apareceram com óleo nas patas devido as manchas que chegaram nos bancos de areia

O óleo cru derramado no Atlântico chegou à Ilha da Sogra, em Estância, zona sul de Sergipe. A poluição naquela praia situada na Área de Proteção Ambiental Litoral Sul (Apa-Sul) atingiu as aves migratórias do Hemisfério Norte que usam o balneário como rota para alimentação e reprodução. A constatação foi feita pela expedição de biólogos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade e estudantes de veterinária da Universidade Federal da Bahia.

Segundo o biólogo Paulo César Umbelino, não ocorreu uma catástrofe na Apa-Sul graças a ação rápida do Ibama Serhma, Marinha, além de voluntários. O rápido trabalho de retirada das manchas de óleo reduziram os danos causados pelo óleo nas praias do Litoral Sul, um ecossistema rico em espécies de aves migratórias.

“Se uma grande quantidade de óleo chegasse aos bancos de areia poderia causar a morte de centenas de aves, pois elas seriam impregnadas. A nossa pesquisa mostrou que das 353 aves que receberam a anilha de monitoramento, apenas 12 apareceram com óleo nas patas, provenientes de pequenas manchas depositadas em bancos de areia. Isso indica que os pássaros não estão sendo impregnados em alto mar durante suas atividades de pesca”, explica Paulo César Umbelino.

Hoje os bancos de areia do Rio Real, na divisa entre os estados de Sergipe e Bahia, são considerados área de Interesse Global para a Conservação pela BirdLife International, tidos como verdadeiros santuários de aves silvestres, ricos em espécies de pássaros que pertencem a três famílias. Possuem o ecossistema mais frágil do Litoral Sul de Sergipe e hoje abrigam três espécies ameaçadas de extinção.  Os bancos de areia também servem de abrigo para mais de cem mil aves.

“Para se ter uma ideia da importância desse local, é só fazer um comparativo com Abrolhos, na Bahia. Ambos têm a mesma função de preservação. Aqui em Sergipe, nós abrigamos mais de 10 mil aves migratórias com destaque para a Sterna dougalli, que está na lista das aves em extinção na América do Norte e Brasil”, ressalta o biólogo Paulo César Umbelino.

Fonte e foto: Secom do Governo de Sergipe

 

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