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Número de formalizações cresce 184%

Típico empreendedor brasileiro, Itapoan Silva entrou no mundo dos negócios por necessidade

O número de microempreendedores individuais (MEI) em Sergipe cresceu 184% nos últimos cinco anos. Os dados levantados pelo Sebrae mostram que passou de 15.936 para 45.302 o número de pessoas formalizadas entre os primeiros semestres de 2012 e 2017.

No mesmo período o grau de cobertura do MEI, que significa o percentual desses microempreendedores em relação ao total de pessoas que trabalha por conta própria no estado, mais que dobrou passando de 6,9 para 17,9%. Quanto maior esse índice, maior o número de pessoas exercendo sua atividade empresarial devidamente formalizada.

Os setores com maior número de microempreendedores individuais é o de comércio (37,4%), seguido de serviços (37,2%), indústria (15,3%), construção civil (9,5%) e agropecuária (0,6%). As cinco atividades mais frequentes são comércio varejista de vestuário e acessórios (9,8% do total); cabeleireiros (7,3%); obras de alvenaria (4,1%); lanchonetes e similares (2,8).

Enquanto um terço dos MEI afirmaram que o principal motivo para o registro foi o acesso a benefícios do INSS, 61% citaram vantagens relacionadas a ter um negócio formal, como a possibilidade de emitir nota fiscal, crescer mais como empresa e o simples fato de ser formal.

Entre esses trabalhadores devidamente formalizados está o comerciante Itapoan Silva. Típico empreendedor brasileiro que entrou no mundo dos negócios por necessidade, ele vende saladas de frutas no Bairro Siqueira Campos. Após dois anos trabalhando com um parceiro, ele percebeu que era mais interessante montar seu próprio negócio e agora comemora seis anos no mercado.

“É desse negócio que tiro meu sustento e, no futuro, poderei formar minha família. Formalizei o meu negócio para poder emitir nota fiscal e vender para empresas. Já deixei passar algumas oportunidades porque estava na informalidade”, explica.

Heterogeneidade

O levantamento mostra que o perfil do microempreendedor individual é bastante heterogêneo e está em constante mudança. Os números revelam que enquanto 34% não têm o ensino médio completo, 33% têm ensino superior (pós, completo ou incompleto). Outro aspecto que demonstra as diferenças entre esse público é que enquanto 50% tinham um emprego com carteira assinada antes de se tornar MEI, 23% eram empreendedores informais e 13% eram empregados informais.

“ A criação da figura do Microempreendedor Individual mudou o cenário do empreendedorismo no Brasil. A rápida evolução no número de registrados, o grau de satisfação dos empreendedores e o impacto relatado da formalização nos negócios reforçam essa conclusão. O programa é uma ferramenta tanto para o incentivo ao empreendedorismo e à abertura de empresas, quanto na promoção da formalização da economia”, ressalta o superintendente do Sebrae, Emanoel Sobral.

O que parece ser generalizado é o grau de satisfação com a formalização. Oito em cada dez microempreendedores individuais afirmam que recomendariam fortemente o registro formal para outros empreendedores que ainda estejam na informalidade. Além disso, entre os MEI que eram empreendedores informais anteriormente, dois terços afirmaram que a formalização os ajudou a vender mais e 78% declararam que ter um CNPJ deu melhores condições para comprar de seus fornecedores.

Os dados obtidos mostram que 70% dos microempreendedores individuais registrados na Receita Federal declararam estar em atividade.Com relação ao local do negócio do MEI, nota-se que 45% operam em sua própria residência, 30% em estabelecimento comercial, 15% trabalham na rua, 9% na casa ou empresa do cliente, e 1% em shoppings ou feiras populares.

Fonte e foto: Ascom/ Sebrae-SE

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