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Literatura negra é debatida na Escola do Legislativo

Severo D’Acelino disse que a literatura é indicadora do racismo

O projeto ‘Quintas Negras’ promoveu, nesta quinta-feira (20), a palestra com o tema ‘Literatura e o negro sergipano: Uma questão de identidade’. A ideia é mostrar para todos como a livros foram escritos ao longo da história contando a forma de viver do povo no estado. O evento foi realizado na Escola do Legislativo Deputado João de Seixas Dória” (Elese), órgão da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Nesta edição, o palestrante desta vez foi o ator Severo D’Acelino. Ele defendeu a presença de autores que falam sobre o assunto nas escolas para combater o racismo e estruturar o antirracismo entre os alunos de todas as idades.

“A literatura é a própria história porque é através da literatura que a gente vai se conhecer e conhecer os antecedentes e a nossa ancestralidade. Quando o negro é protagonista, a história se torna muito mais positiva a uma ação afirmativa negra porque quando você fala uma literatura negra, você está colocando o negro em evidência, você está falando dos direitos, da situação e da condição do negro em todos os sentidos: história, literatura e psicologia do negro”, falou.

Preconceito

Esta ausência vem sendo sentida. Severo D’Acelino explicou que não ter estes autores na educação demonstra a forma como o preconceito vem sendo tratado, já que o assunto não se torna tema de aulas para educar as crianças e adolescentes.

O jornalista Beneti Nascimento foi mediador da palestra

“A literatura é indicadora do racismo, do processo antirracista e da estrutura do sistema de ensino, direito e saber, onde o negro está com todo o universo da sua trajetória, das tradições e do seu conjunto organizado de ideia. Então o autor se preocupa em falar do lugar do negro e do lugar de fala do negro”, afirmou.

O palestrante disse que são diversos os autores que falam sobre a literatura negra sergipana, muitos deles vindos de outros estados e até mesmo de outros países. Esta realidade, de acordo com ele, não os desqualifica.

Literatura afro

“Você pode encontrar autores que não são sergipanos, mas que estão aqui e falando sobre a literatura negra sergipana porque fala da continuidade, da cultura e da história do negro em Sergipe. Um autor estrangeiro pode certamente fazer uma literatura afro sergipana desde que more e conviva aqui e fale das atividades e manifestações”, declarou.

Severo D’Acelino fala sobre a condição do negro de Sergipe e busca todo o aspecto no processo da diáspora, trazendo para a realidade do estado. A sergipanidade é muito constante na sua leitura sobre a nossa literatura.

Mediador

O coordenador de assuntos culturais da Elese, Beneti Nascimento, destacou a importância deste tipo de evento. Ele falou que é necessário discutir o assunto para torná-lo cada vez mais presente em nossa sociedade, como forma de combatê-lo.

“O mais importante é que esse espaço da Elese se transforma em um fórum privilegiado para essas discussões. O Quintas Negras se apresenta como este local privilegiado para discutir as questões filosóficas, da diáspora negra, do preconceito, do racismo, da colocação do negro como um protagonista da sociedade para falar de suas ações”, afirmou.

O Quintas Negras é um projeto da Elese e é realizado todas as quinta-feira no auditório da Escola tratando de diversos temas sobre a realidade negra.

Fonte e foto: Comunicação/Alese

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