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Mangue Seco ameaçado

Moradores de Mangue Seco, a 213 km de Salvador, passam por um momento difícil. Com os avanços do rio, do mar e das montanhas de areia, o local, onde foi gravada a novela “Tieta” corre risco de desaparecer.

”Provavelmente o movimento das dunas em Mangue Seco é mais relacionado com a retirada da vegetação, que protege e estabiliza as dunas”, explicou o pesquisador do INPE, Carlos Nobre.

Para evitar o avanço das dunas, o dono de uma pousada plantou por perto arbustos e salsa. “Se não tivesse plantado essa vegetação, a pousada já teria sido soterrada”. Já a dona de casa Raimunda lembra que metade do povoado já foi consumido pelas dunas. “Depois dessa aqui que nós estamos, tinha outra praça, depois dessa praça tinha mais uma rua onde morava a minha avó”.

Uma área de coqueiral foi quase totalmente soterrada pelas dunas – os coqueiros que ainda restam só têm à vista as copas e é possível colher coco na altura do chão.

Águas

Do outro lado, a cidade sofre ameaça do rio Real, cujas águas avançaram mais de 200 metros nos últimos anos. O mar também avança rumo ao pedaço norte da cidade. “O nível do mar subiu no século 20, na costa brasileira, em média 20 centímetros”, informa Carlos Nobre.

“Onde isso está acontecendo com mais intensidade? Exatamente nas embocaduras, que são as áreas mais frágeis do litoral, que precisam ser monitoradas”, destaca o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, David Zee.

Sergipe

Do outro lado da divisa, em Sergipe, o povoado da Praia do Saco também sofre com o avanço das águas. Dois rios, o Real e o Piauí, se encontram com o mar e a correnteza formada é muito forte, chegando a destruir metade de uma rua.

“O caso do Mangue Seco é um caso típico que vai acontecer em várias regiões do Brasil, principalmente naquelas em que homem está ocupando com mais intensidade e com falta de cuidado e respeito a essas condições ambientais locais”, diz o pesquisador David Zee.

(Crédito/newtransferbahia.com.br)

 

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