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Juros do rotativo do cartão de crédito alcançam 372%

Quem precisa de crédito está pagando cada vez mais caro. Somente o juro cobrado no rotativo do cartão de crédito atingiu 372% ao ano em junho, uma elevação de 11,5 pontos percentuais em relação a maio. É o maior patamar desde o início da série histórica do Banco Central, em março de 2011.

Já os juros do cheque especial tiveram nova alta em junho e alcançaram 241,3% ao ano. É a maior taxa desde dezembro de 1995. Em maio, a taxa estava em 232% ao ano.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo BC, a taxa de juros no crédito livre para pessoas físicas passou de 57,3% em maio para 58,6% em junho, também a maior da série histórica.

O encarecimento do crédito é fruto da política do BC de elevar a Selic para combater a inflação, que segue superior a 9% no acumulado em 12 meses. Na última quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) deu prosseguimento ao aperto, aumentando a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 14,25% ao ano, nível mais alto em nove anos.

Em junho, o spread bancário – diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos – subiu a 30,7 pontos percentuais no segmento de recursos livres, contra 29,8 pontos percentuais em maio. No geral, o estoque total de financiamentos no país cresceu 0,6% em junho contra o mês anterior, a R$ 3,102 trilhões. No acumulado em 12 meses, o ganho foi de 9,8%.

“O mercado de crédito em junho manteve-se em expansão, mas com comportamento semelhante ao dos meses anteriores. Ou seja, uma expansão em ritmo menor que a verificada em igual período de 2014”, apontou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Mesmo com o crédito mais caro, economia, emprego e renda em queda, a inadimplência das famílias ficou estável de maio para junho em 5,4%.  “As iniciativas de educação financeira aumentaram bastante nos últimos anos”, disse Maciel. Além disso, os bancos ficaram mais seletivos e cautelosos. “A parcela do bem que está sendo financiado é menor”, destacou o chefe do Departamento Econômico do BC.

Bradesco e Santander lucram

Os lucros do Santander Brasil e Bradesco superaram as expectativas do mercado, segundo balanços divulgados nesta quinta. O Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre do ano, aumento de 18,4% em relação ao mesmo período de 2014, quando lucrou R$ 3,778 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, o lucro do banco aumentou 5,9%.

O lucro foi impulsionado pela margem financeira das operações que rendem juros, que cresceram 13,9%. Também contribuiu paro o avanço a alta das receitas com tarifas, que evoluíram 14,8%. O lucro do Santander no segundo trimestre atingiu R$ 1,675 bilhão, 16,6% maior do que no mesmo período de 2014, desprezando-se efeitos extraordinários como reversão de provisões tributárias. O lucro contábil foi de R$ 3,881 bilhões.

(Fonte:Metro/SP)

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