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Jackson Barreto tenta manter empregos na Mosaic

Jackson Barreto disse que está preocupado com o elevado índice de desemprego

O governador Jackson Barreto (MDB) se reuniu com representantes da empresa Mosaic Fertilizantes e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Minerais não Metálicos do Estado de Sergipe (Sindimina) com o intuito de intermediar um diálogo entre as partes e evitar mais demissões como as que aconteceram na empresa, localizada no município de Rosário do Catete. Há uma semana, representantes do Sindimina já haviam tratado do assunto com o governador, que se comprometeu em convidar a empresa para uma conversa.

“Um dos compromissos firmados com a venda da Vale foi de que ela não nos traria transtornos com desempregos. E diante do número de desempregos apresentado pelo sindicato na semana passada, nós ficamos apreensivos. A intenção dessa reunião foi de fazer um apelo a Mosaic, de que os compromissos, quando houve a chegada da empresa, sejam mantidos. Estamos vivendo uma situação de crise no País, e o estado de Sergipe não suporta uma situação de desemprego como essa. Eu defendo a manutenção dos empregos. Fiquei muito preocupado, me sensibilizei. É uma obrigação enquanto governador, mesmo se tratando de uma empresa privada”, enfatizou o governador.

A empresa Mosaic Fertilizantes, maior produtora global de fosfatados e potássio combinados, adquiriu a Vale Fertilizantes em janeiro de 2018. Na ocasião, ela se comprometeu em manter os empregados da gestão anterior. Contudo, neste mês de março, de acordo com o sindicato, 87 trabalhadores efetivos foram demitidos. Atualmente, o Pólo de Rosário do Catete conta com cerca de 800 funcionários diretos.

De acordo com o representante da Mosaic, Jalmiro Lazarini Júnior, as demissões fazem parte do processo de adequação da empresa ao cenário atual – com base em estudos que vem sendo realizados -, mas os compromissos feitos na época da aquisição da empresa serão mantidos. “A empresa continua ainda na sua iniciativa de tornar o negócio viável e para isso que nós estamos trabalhando. Lógico que iremos levar em conta todas as questões que podem demandar de qualquer ação tomada nesse sentido. O nosso compromisso é realmente com a alavancagem do negócio”.

Mesmo considerando válida a ação do governador em convidar a Mosaic para uma conversa, os representantes do Sindimina se dizem preocupados com a possibilidade de mais demissões nos próximos meses. “Agradecemos ao governador que intercedeu, trouxe a empresa para que explicasse sobre as demissões. Mas pelo que eles falaram, ainda não acabou esse movimento. Eles estavam com uma empresa que estava vendo a viabilidade do negócio. O estudo de viabilidade continua, e a empresa não afirmou que iria parar com as demissões, porque não pode se comprometer com isso. O que nos resta é continuar a nossa luta para que cessem as demissões, para que se possam achar outras maneiras de conseguir reduzir esses custos para que as demissões parem. Esse é o nosso objetivo”, destacou o presidente do sindicato, Álvaro Alves.

Diálogo

Tendo em vista a preocupação do governo do Estado em preservar o emprego dos trabalhadores, o governador sugeriu que a Mosaic se reunisse com o sindicato, na sede da empresa, para que todas as questões pendentes fossem esclarecidas. Além disso, a reunião deve ser pautada também no sentido de ambas as partes apresentarem propostas que beneficiem capital e força de trabalho.

“É importante que se discutam todos os pontos de forma aprofundada, e que essa reunião seja feita na própria empresa, para que o novo gestor tenha a real ideia da situação. Vai ser uma boa oportunidade para apresentar e acolher sugestões, e coloca-las em prática”, frisou Jackson.

Para Jalmiro Lazarini, o diálogo está aberto. “Nossa empresa sempre estará aberta a qualquer tipo de conversa, porque acreditamos que a relação entre capital e trabalho é uma coisa essencial para a continuidade dos negócios”.

O Sindimina reforça que os trabalhadores seguirão confiantes em novas possibilidades e na preservação dos empregos. “Ficaram de marcar uma reunião conosco para as próximas semanas. Vamos ouvir e nos fazer ouvir. Vamos apresentar propostas, ver o que se pode fazer, mas paralelo a isso a nossa luta continua, nossas ações continuam e vamos esperar para o que vai acontecer”, completa.

Fonte e foto: ASN

 

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