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Há 75 anos,a FEB tomou a fortaleza de Monte Castelo

Pracinhas brasileiros após conquistarem a fortaleza alemã na Itália

Em uma manhã cinzenta do inverno europeu, em fevereiro de 1945, uma tropa de brasileiros vestiu seus capacetes, apanhou seus fuzis e iniciou pela quinta vez a marcha rumo a uma mesma fortificação alemã no norte da Itália. Depois de três tentativas de conquistar a fortaleza de Monte Castelo, os pracinhas brasileiros do general Mascarenhas de Moraes adotariam uma tática diferente desta vez.

Desde setembro do ano anterior, os soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) integravam uma operação para romper a temida Linha Gótica, um amplo sistema defensivo alemão para tentar conter o avanço das forças aliadas que ocupavam o sul da Itália. O objetivo era chegar ao território alemão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial, que já durava cinco anos.

A Linha Gótica tinha 280 km de extensão. Formada por tropas experientes, muitas delas vindas da frente russa, a linha defensiva ia do Mar Tirreno ao Mar Adriático, passando pelas montanhas dos Apeninos. Tinha cerca de 2 mil pontos de fortificação.

Vigilância alemã

Um desses pontos ficava a uma altitude de 977 metros, no Monte Castelo. A artilharia alemã impunha uma severa vigilância às tropas aliadas e impedia sua chegada à cidade de Bolonha e ao Vale do Pó, a maior planície italiana.

O Monte Castelo havia sido quatro vezes alvo dos brasileiros, no fim de 1944. Na quarta tentativa, as tropas brasileiras e americanas ficaram expostas ao bombardeio alemão e contaram cerca de 150 mortes. Estima-se que 400 brasileiros tenham morrido ou ficado feridos nas quatro vezes.

As condições do tempo melhoraram em fevereiro e na manhã do dia 21 Mascarenhas de Moraes usou duas divisões. Um grupo seguiu pela direita e outro em ataque frontal. À esquerda, um grupo de elite das forças norte-americanas. Apesar da resistência alemã, os brasileiros chegaram ao cume por volta das 15h30.

Grande feito

“Foi um grande feito e abriu caminho para outras vitórias”, avalia o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante da 5ª Divisão do Exército brasileiro. “Após tentativas frustradas, o Exército fez uma manobra de desbordamento, pelos flancos”.

O general destaca que os brasileiros mostraram capacidade de adaptação. “Foram os combates mais violentos da história. Hoje os combates não são tão violentos. São mais planejados, para não causar tantos danos. As tropas alemãs eram experientes, tinham a vantagem do terreno e um bom valor defensivo”.

Antes de Monte Castelo, a FEB havia conquistado outras vitórias, a primeira delas na cidade de Massarosa, em setembro de 1944. Em abril de 1945, os brasileiros conquistaram Montese, ponto essencial por romper a resistência alemã. O ataque em 14 de abril e cerca de 400 brasileiros morreram neste dia.

Fonte: Metro/Jornal

 

 

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