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Governo de Sergipe lança campanha Motociclista Vivo

Os acidentes e mortes no trânsito, principalmente envolvendo motocicletas e motonetas, assumiram uma proporção assustadora. Atualmente, a situação está ultrapassando o número de mortes pelo câncer. Em Sergipe, o problema é preocupante. Somos o Estado com maior média de motociclistas mortos ou sequelados em acidentes. São mais de 17,6 óbitos para cada 10 mil motos, número quase três vezes maior que a média do Brasil (6,6).

Diante desse quadro e com o objetivo de reduzir consideravelmente o índice de acidentes por motos, O Governo do Estado lança a Campanha Motociclista Vivo. O grande foco é conscientizar a população, em especial os motociclistas, sobre os riscos da imprudência, além de reforçar a importância de uma pilotagem segura. A campanha será lançada oficialmente na próxima segunda-feira, 03, às 10 horas, no Colégio Vitória de Santa Maria, no bairro Santa Maria, Aracaju.

A cada minuto, há um acidente com vítimas graves que potencialmente poderão evoluir para óbito. Essas vítimas, por sua vez, são resgatadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) e encaminhadas ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), referência no Estado para atendimento de alta complexidade.  Além de todo o susto, transtorno e tristeza para os familiares e amigos, os acidentes custam caro para os cofres públicos.

No Huse, um paciente envolvido em acidente de moto, que seja submetido a uma cirurgia, por exemplo, fica, em média, 30 dias hospitalizado para sua recuperação. Isso representa um custo hospitalar aproximado de R$ 120.000,00. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o custo social de cada um desses pacientes é de, em média, R$ 952 mil aos cofres públicos, o que envolve atendimento pré-hospitalar, hospitalar, licença, aposentadoria, entre outros.

De janeiro a junho de 2015, foram registradas no Huse 3.495 vítimas de acidentes motociclísticos. 40% dos traumatismos cranianos no Huse são em decorrência dos acidentes de moto. “Muitas dessas vítimas chegam ao Huse com sinais visíveis de embriaguez. Além de causar muitas mortes no trânsito em todo o país, os acidentes motociclísticos representam um alto custo para o SUS. Infelizmente, nos feriados prolongados e nos finais de semana, fatores como o excesso de velocidade aliados ao alcoolismo e à falta do uso de equipamentos de segurança obrigatórios, como o capacete, continuam provocando muitos acidentes com motos em Sergipe”, destaca o secretário de Estado da Saúde, José Sobral.

Ainda de acordo com o gestor Estadual da Saúde, “o grande volume incontrolado de motonetas, que são comercializadas até em supermercados, sem registro, também é um grande aliado para o aumento de acidentes no trânsito. Muitos pais, de forma irresponsável, compram esses produtos como se fossem brinquedos e dão aos filhos. Essa campanha vem para impactar e orientar sobre todos esses perigos que causam muitos prejuízos emocionais, físicos e financeiros”.

De acordo com dados estatísticos obtidos no Samu 192 Sergipe, as ocorrências que envolveram quedas de moto no Estado, registradas e atendidas pelas equipes assistenciais de suporte básico e avançado, totalizaram 1.751 no primeiro semestre de 2014. Já no mesmo período de 2015, a soma é de 1.774.

“Em fevereiro de 2015, o Samu registrou aumento de 3,4% no número de pacientes vítimas de acidentes motociclísticos, comparado ao mesmo período de 2014. Em abril, esse resultado chega a 10,4%. Em maio, o aumento foi de 22,5%, comparado ao mesmo mês de 2014”, explicou a superintendente do Samu 192 Sergipe, Conceição Mendonça.

Conforme dados preliminares, a previsão linear para dezembro é de que 310 pacientes vítimas de acidentes motociclísticos atendidas pelo Samu em todo o território sergipano.  O custo mínimo de uma saída de uma viatura do Samu é de R$ 3.500,00. Se for uma Unidade de Suporte Avançado (USA), o custo chega a R$ 5.500.

“Destacamos a necessidade de orientar crianças e adolescentes, público que representa em sua maior parte os usuários de motocicleta, sobre os números relacionados aos acidentes envolvendo esses veículos sejam reduzidos. Através da Campanha Motociclista Vivo, pretendemos torná-los multiplicadores de informações relacionadas a essa problemática e sensibilizadores de seus próprios pais quanto ao uso do capacete e outras orientações”, ressaltou a gestora.

“O nosso objetivo principal com essa campanha é preservar vidas. O trânsito é uma questão de cidadania que envolve pedestres, ciclistas, passageiros, motociclistas e condutores. Queremos mostrar a todos que o comportamento responsável e o cumprimento das leis de trânsito são fundamentais para a diminuição de acidentes. Esse também é o foco da Década Mundial de Ações para Segurança no Trânsito 2011-2020, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas”, explica o diretor-presidente do Detran/SE, Edgard da Motta.

Segundo Edgard da Motta, a educação para o trânsito é uma preocupação permanente da autarquia. “Através da Coordenadoria de Educação para o Trânsito (COET), desenvolvemos um trabalho contínuo de sensibilização da sociedade, a exemplo do Movimento Maio Amarelo, que mobilizou toda a comunidade, desenvolvendo um trabalho principalmente nas escolas, com crianças e adolescentes, que são os nossos futuros condutores”, destaca.

 

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