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Fugindo da guerra civíl que assola o país árabe, a família aguarda a resolução junto à Embaixada Brasileira em Beirute. O líder comunitário Clóvis José de Souza, que está em contato com a família afirma que a insegurança e o medo são constantes, de acordo com os relatos dos potenciais exilados.

A família composta de pai, mãe e quatro filhos, tem feito contato com o líder comunitário desde 2012, através de redes sociais. Eles se comunicam em inglês, e desde junho têm articulado a vinda para o Brasil. Vivendo em Damasco, a família precisa chegar a Beirute para resolver os trâmites, o que tem sido difícil em razão dos constantes conflitos armados.

Clóvis afirma que, em um primeiro momento, a família deve ficar alojada em sua própria casa contando com o auxílio de amigos e empresários. Na última semana, o líder comunitário oficializou uma carta-convite para que a família se instale no Brasil.

Contato

Imad Zneka, 52 anos, é o patriarca da família Zneca. Ele que iniciou os contatos com Clóvis. Hana Soud, 47, é a esposa de Imad. Salma Zneka, 23; Souleman Zneka, 21; Sara Zneka 16 e Noor Zneka 14 são os filhos do casal.

“Tentaram entrar em contato com a presidência e com a imigração. A informação que eles deram é de que deveriam ir até Beirute, onde fica a embaixada. Mas eles moram em Damasco e estão sem poder se deslocar por causa das explosões e do conflito armado. Mas as providências já estão sendo tomadas”, afirma Clóvis.

O líder comunitário explica que, a cada contato, o desespero da família é mais nítido . “Há dois anos nos falamos, mas desde junho que eles estão ainda mais apreensivos. É difícil andar na rua, eles têm medo de serem mortos. Já perderam tudo o que tinham. Eles decidiram vir para o Brasil porque são apaixonados pelo país, e o contato comigo facilita”, informa.

Viagem

O plano da família Zneka é vir de Damasco para o distrito Federal e de lá, vir para para o povoado Brasília. “Já estamos arranjando emprego para eles. Imad e Hana são formados, a filha mais velha está no último ano de Farmácia. São pessoas capacitadas que têm muito a oferecer”, considera Clóvis.

“Não quero ir para o Brasil como turista. Espero que nos beneficiemos das vantagens de um refugiado, a fim de iniciar uma nova vida. Somos refugiados internos há quatro anos e agora não temos nada, nem uma casa. Espero que o governo do Brasil ou qualquer organização possa nos ajudar na primeira etapa”, afirma Imad Zneka em mensagem enviada a Clóvis.

Fonte: Jornal Cinform

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