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Encontro discute parcerias entre Sergipe e Moçambique

Para viabilizar os futuros negócios, a comitiva de Moçambique cumpre uma intensa agenda de visitas a empresas e universidades

A Diretoria Executiva do Sebrae recebeu a visita do embaixador de Moçambique no Brasil, Manoel Tomás Lubisse. O encontro teve como objetivo estabelecer um vínculo comercial e de oportunidades entre o setor empresarial local e o governo do país africano.

A visita faz parte de uma política de Estado Moçambicano para atrair investimentos e reforçar a cooperação internacional e foi viabilizada a partir de um convite feito pelo Governo de Sergipe diante do interesse de empresários locais em investir no país. A comitiva também conta com a presença dos conselheiros Econômicos para o Comércio, Jaime Nicolas, e para o Turismo, Romualdo Johnam.

Localizado na costa oriental da África Austral, Moçambique possui cerca de 27 milhões de habitantes, tendo na agricultura a sua principal fonte de renda e com grandes reservas de carvão, pedras preciosas, petróleo, alumínio e gás natural.

Para tentar diversificar a economia e viabilizar o desenvolvimento do país, o Governo elaborou um programa com prioridade e objetivos estratégicos. Entre essas medidas estão o fortalecimento do turismo e a criação de projetos de captação de indústrias primárias e de bens de consumo.

Segundo o embaixador, há boas oportunidades de investimentos em áreas como agricultura e agroindústria, transportes e telecomunicações, energias e infraestrutura que podem ser aproveitadas pelos sergipanos.

Sabemos que Sergipe dispõe de uma forte cadeia na área de petróleo e gás com empresas que já realizam serviços em outros países e que estão buscando ampliar seus negócios. Diante desse cenário, queremos apresentar nossas potencialidades e discutir de que forma podemos estabelecer parcerias”, explicou Manoel Lubisse.

 Negócios

Para viabilizar os futuros negócios, a comitiva de Moçambique cumpre uma intensa agenda de visitas a empresas e universidades. Um desses locais foi a Sigmarhoh, uma companhia que atua na avaliação de poços de petróleo e na produção de peças e equipamentos para mineração, óleo e gás. A empresa é integrante da Rede Petrogas Sergipe.

“A ideia desses encontros é apresentar aos moçambicanos o trabalho que vem sendo desenvolvido por nossas empresas e identificar demandas que podem ser atendidas por elas. Nesse primeiro contato não ocorre a realização de negócios, mas é a partir daí que podemos criar parcerias que tragam resultados no futuro. ”, ressalta o superintendente do Sebrae, Emanoel Sobral.

Um outro ponto discutido durante as reuniões é a possibilidade dos sergipanos participarem da Feira Internacional de Moçambique (Facim), que será realizada entre os dias 29 de agosto e 03 de setembro em Maputo, capital do país. O evento conta com a participação de empresas de diversos setores e tem como missão facilitar o contato com os expositores internacionais e estimular o consumo e integração econômica do país.

Brasil e Moçambique mantêm relações diplomáticas desde 15 de novembro de 1975, ano da independência moçambicana. Em maio deste ano o Senado aprovou em votação simbólica um acordo internacional assinado pelo governo brasileiro em 2015, visando facilitar investimentos e cooperação no país africano.

O acordo permite maior divulgação de oportunidades de negócios, troca de informações sobre marcos regulatórios, um conjunto de garantias para o investimento e mecanismo adequado de prevenção e, eventualmente, solução de controvérsias. O novo modelo propicia um quadro sólido para os investimentos entre os países.

Com essas medidas, a expectativa dos governos é intensificar as transações comerciais que até então são bastante tímidas. Nos sete primeiros meses de 2017, o Brasil exportou U$$ 10 milhões, principalmente em correias transportadoras, e importou U$$ 87 milhões, sobretudo em carvão mineral. Sergipe não estabeleceu nenhuma relação comercial com Moçambique durante o mesmo período.

Nos últimos anos, segundo o Banco Mundial, o país tem presenciado uma rápida expansão econômica, com crescimento médio de 5% ao ano, mas com um impacto moderado na redução da pobreza, cuja distribuição geográfica se mantém, em grande medida, inalterada.

Em Moçambique, os principais projetos brasileiros envolvem as áreas de mineração, energia e construção civil. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, entre projetos executados e previstos, os investimentos do Brasil no país somam US$ 9,5 bilhões.

Fonte e foto: Sebrae/SE

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