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Duas espécies de camarão sofrem risco de extinção

Equipe de trabalho capturando camarão para pesquisa

Com o objetivo comparar a ecologia populacional de duas espécies de camarão ameaçadas de extinção, na região do Nordeste, um estudo está sendo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A pesquisa é coordenada pela Bióloga, Samara de Paiva Barros, com o intuito de fornecer dados sobre essas espécies que estão atualmente listadas como “vulneráveis” pelo livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. O projeto é apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica do estado de Sergipe (Fapitec/SE).

As espécies de crustáceos Atya scabra e Atya gambonensis são camarões filtradores de grande importância ecológica encontrados somente em Alagoas, Piauí, Sergipe e São Paulo. Essas espécies estão sendo cada vez mais exploradas na região Nordeste, assim como no estado de Sergipe, onde são consideradas fonte de alimento para a população ribeirinha, além de serem usadas como organismos ornamentais em aquários de água doce.

Redução drástica

O projeto analisa as espécies através do método de captura e recaptura dos camarões no Rio São Francisco. Após a marcação com o bioelastômero, os crustáceos são devolvidos ao Rio. A partir do trabalho de campo, a pesquisa observou uma redução drástica dos crustáceos.

De acordo com a pesquisadora Samara de Paiva, os fatores  relacionados com a ameaça destas espécies são: degradação e poluição dos rios, construção de barragens, a diminuição da vazão e a pesca. “Medimos a velocidade da corrente devido à diminuição da vazão do Rio São Francisco e esse fator atrapalhou o desenvolvimento das espécies que vivem em correnteza”, explicou.

Uma das consequências que a possível extinção dos camarões pode trazer para o meio ambiente é a desordem na cadeia alimentar de outros animais, pois estes crustáceos são necessários para a alimentação de peixes e até mesmos mamíferos.

Resultados

A partir dos resultados levantados pelo projeto, a pesquisa pretende alertar através de folhetos e apostilas a comunidade ribeirinha sobre o que está acontecendo com os camarões Atya, e a sua importância para o ambiente. De acordo com a pesquisadora, as informações são necessárias para que os pescadores não coletem as fêmeas com ovos, mostrando qual o melhor tamanho para ser consumido de maneira que não atrapalhe na reprodução. “Sabemos que não podemos controlar 100% do consumo, mas podemos prevenir”, ressaltou.

 Fonte: Fapitec/SE (Crédito/Samara Barros Alves)

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