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CTB festeja proibição de assedio na AlmavivA

Exigir dos empregados uma autorização do chefe para ir ao banheiro. Estabelecer um limite diário para saídas dos postos de trabalho para satisfação das necessidades fisiológicas. Assediar moralmente os empregados. Essas práticas abusivas, que vêm sendo denunciadas pelos empregados da Almaviva e pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB/SE), agora estão proibidas por determinação judicial.

A CTB/SE já fez dois atos na frente da empresa de call center exigindo respeito aos trabalhadores e protocolou documentos no Ministério Público do Trabalho (MPT-SE) solicitando uma rigorosa investigação na empresa. A direção da CTB/SE também teve uma audiência na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) que emitiu 136 autos de infração contra a Almaviva por desrespeito à legislação. A empresa é a terceira em ações trabalhistas em Sergipe.

Com base em uma vasta documentação, o procurador Emerson Albuquerque Resende, do MPT-SE, ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho. O juiz Fabrício de Amorim Fernandes concedeu liminar à ação e proibiu a empresa de manter essas práticas, inclusive a de assédio moral interpessoal e organizacional contra os empregados.

Os trabalhadores não podem ser pressionados a intensificar o trabalho, em detrimento da sua integridade biopsíquica, para cumprir metas, inclusive ser forçado a mentir com o intuito de reduzir o Tempo Médio de Atendimento – TMA. A Justiça do Trabalho proibiu também a desqualificação do subordinado por meio de palavras/gestos. Se a empresa descumprir essa determinação, estará sujeita a uma multa de R$ 10 mil, por trabalhado.

A CTB/SE comemorou a decisão da Justiça do Trabalho. “Para nós é uma alegria enorme saber que o esforço e a luta desenvolvida pela CTB começa a dar resultado. Nós sempre defendemos essa posição adotada pelo juiz Fabrício Amorim. É preciso impedir que a Almaviva continue explorando os trabalhadores sergipanos dessa forma”, disse Edival Góes, presidente da CTB/SE.

O dirigente sindical ressaltou que a entidade manterá a luta na defesa dos trabalhadores da Almaviva. Edival espera que todas as irregularidades na empresa sejam corrigidas e que os trabalhadores possam desempenhar suas atividades num ambiente saudável, sem assédio moral e sem ameaças.

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