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Crimes virtuais e Pix fazem estelionatos crescerem 179%

A alta do estelionato foi puxada pelos crimes virtuais e golpes através do Pix

Os casos de estelionato quase triplicaram desde 2018. Houve um aumento percentual de 179% no período. Desde então, o crime não diminuiu em nenhum dos 26 estados e no Distrito Federal. É o que revelam estudos da 16ª edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta terça-feira (28).

Os dados foram coletados pelos pesquisadores com as secretarias de Segurança Pública dos estados e analisados a partir da taxa total a cada 100 mil habitantes para efeito de comparação entre as unidades da federação.

Segundo os autores do anuário, a alta do estelionato foi puxada pelos crimes virtuais e golpes através do Pix. São crimes potencialmente muito lucrativos e de fácil realização porque, uma vez dominada a técnica, a prática pode ser realizada diversas vezes sem expor os criminosos nas ruas. Um exemplo são as centenas de mensagens disparadas em aplicativos de mensagens para atrair consumidores para fraudes.

Tecnologia facilita o crime

Além disso, o Pix e a tecnologia bancária atual também podem facilitar a prática pela rapidez com que permitem a transferência de valores e a criação de contas — às vezes, com o nome e dados das próprias vítimas.

Outras estatísticas coletadas, de assaltos e furtos de veículos, celulares e dos dados no geral reforçam essa percepção dos autores. “Estamos vivenciando mudanças significativas nas dinâmicas dos crimes contra o patrimônio, em direção à sua digitalização. A queda de roubos a transeuntes (-7,5%) e o crescimento de roubos e furtos de celulares (1,8%) estão, muito possivelmente, associados a esta dinâmica”, defendem em artigo do anuário os pesquisadores David Marques e Amanda Lagreca.

Outro fator que pesa contra a escalada dos estelionatos é a dificuldade das forças de segurança de combater crimes que surgiram nos últimos meses e envolvem quadrilhas especializadas. “São investigações que demandam um tempo, relativamente factíveis de serem feitas, mas que demandam muito tempo e a polícia não tem nem o efetivo, nem muita gente preparada ou a tecnologia, muitas vezes, para realizar esse tipo de investigação ao redor do Brasil”, explica Rafael Alcadipani, um dos autores do estudo.

Fonte: Portal R7

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