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Cemitérios e velatórios querem normas para velórios

Número de pessoas nos velatórios de Aracaju depende de decisão oficial

A falta de uma determinação oficial regulando o número de frequentadores e o tempo de duração dos velórios está preocupando as administrações dos cemitérios e velatórios de Aracaju. Logo no início da pandemia do coronavírus, o próprio Ministério da Saúde já orientou que os corpos sejam velados sem aglomeração de pessoas, “mas isto é muito pouco. O certo seria a Prefeitura e o governo de Sergipe terem normatizado a nossa situação nos mesmos decretos que editaram sobre o número de pessoas em reuniões realizadas em ambientes fechados”, afirma Walter Cafemiro Filho, administrador do Cemitério Colina da Saudade.

Walter Cafemiro não esconde a preocupação com a situação: “A gente orienta as famílias sobre qual deve ser o número de pessoas nas capelas, que estão sendo limpas permanentemente com álcool em gel. Os nossos colaboradores estão usando luvas e máscaras e o tempo dos velórios foi reduzido, porém está faltando uma determinação oficial”, reclama. O administrador afirma que a ausência desta posição da Prefeitura e do governo de Sergipe tem sido um sério complicador para os cemitérios e velatórios da capital: “Fica difícil a gente tratar desse assunto com pessoas emocionalmente abaladas. Muitas não entendem”, atesta.

Sem ar refrigerado

O proprietário do Velatório Piaf, Fernando Gois, também não esconde a preocupação com a pandamia do coronavírus. Ele revela que orienta as famílias sobre o número de pessoas nas salas onde os corpos estão sendo velados: “Nós estamos abrindo as portas para aumentar a ventilação dos ambientes e só ligamos o ar refrigerado se alguém da família assinar um termo se responsabilizando”, afirma. Avisos sobre o perigo do coronavírus foram afixados nas 10 salas do velatório, mas Góis também concorda que um decreto da Prefeitura e do Governo regulamentando o tempo e o número de frequentadores nas capelas ajudaria muito.

A preocupação maior é com os velórios de corpos transladados de outros estados para Aracaju.  Walter Cafemiro Filho conta que, já depois da pandemia do coronavírus, ocorreu um velório no Colina da Saudade que teve a presença de uma pessoa vinda dos Estados Unidos: “Aqui são sepultados corpos transladados de Salvador, Alagoas e outros estados. A gente espera que a Prefeitura de Aracaju e o Governo de Sergipe olhem para a nossa situação, pois temos aqui cerca de 40 pessoas trabalhando e todas estão preocupadas”, diz.

Como é em São Paulo

Em São Paulo, velórios foram regulados por decreto do prefeito Bruno Covas. Por conta da pandemia, o Serviço Funerário da prefeitura paulista restringiu para 10 o número máximo de pessoas que podem permanecer nas salas de velório e limitou o tempo de permanência no local a uma hora, como medida para evitar contágio pelo novo coronavírus. O decreto também modifica o atendimento na sede administrativa e nas administrações dos cemitérios, que tiveram seu horário reduzido, abrindo agora das 10h às 15h. Outra medida de prevenção adotada foi suspender por tempo indeterminado as cerimônias de despedida no crematório Dr. Jayme Augusto Lopes, na Vila Alpina.

Texto: Destaquenoticias

 

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