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Caprinocultores querem um frigorífico

A falta de um frigorífico específico em Sergipe para o abate de carneiros e cabritos tem causado sérios prejuízos aos produtores, além de desestimular o surgimento de novos caprinocultores. A queixa é de João Teles, diretor técnico da Federação das Associações dos Criadores de Caprinos e Ouvinos de Sergipe (Faccos). Segundo ele, semanalmente são abatidos clandestinamente no Estado cerca de 3 mil animais. “Como o comércio é feito através de atravessadores, não existe um preço justo para os produtores”, reclama Teles.

A Federação e a Cooperativa de Produtores de Caprinos e Ovinos do Estado de Sergipe (Cooperarcos) tentam sem sucesso viabilizar a construção de um frigórifico. Outra luta das duas entidades é pela instalação no Estado de uma queijaria certificada, pois assim como a carne, os queixos de ovelha e cabras produzidos em Sergipe também são considerados clandestinos. “Recentemente, um cooperado do alto sertão tentou certificar a queijaria, mas não conseguiu cumprir todas as exigências dos órgãos fiscalizadores”, informa João Teles.

Além de queixos, os caprinocultores sergipanos utilizam o leite para produzir doce, iogurte e sorvete, sabonetes e hidratantes. Estes dois últimos produtos são fabricados por artesãs de Canindé do São Francisco, Porto da Folha e Poço Verde.

O rebanho sergipano de caprinos é de 30 mil cabeças, enquanto o de ovinos beira aos 200 mil animais. A produção leiteira, que já chegou a 1,5 mil litros/dia, caiu para 500 litros diários. Os maiores produtores de caprinos e ovinos estão nas regiões Centro-Sul, Agreste e do Alto Sertão. Os ovinos preferidos pelos criadores são os das raças Santa Inês e Dorper, enquanto a raça Anglomubiano predomina entre os caprinos.

Carne nobre

Diferente das carne bovina, a de caprino e ovino possui baixos teores de gordura: “O percentual de gordura saturada em carne caprina apresenta-se em torno de 40% inferior à de galinha (sem pele), sendo bastante reduzido quando comparado com bovinos (850%); ovinos (900%) e suínos (1100%) (Addrizzo, 1990)”, explica João Teles. A distribuição da gordura na carcaça caprina apresenta-se bem diferente das outras espécies de ruminantes, como os ovinos, por exemplo. tualmente, a carne caprina é consumida a partir de cabritos e cordeiros abatidos aos cinco meses de idade, o que a torna mais macia e saborosa.

Por Adiberto de Souza

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