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Brasil exporta carne de cavalo para mercado europeu

No Brasil a carne de cavalo já foi fortemente associada ao pecado

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo do mundo. O país exporta, em um ano, cerca de 15 mil toneladas, o que gera um faturamento médio de 35 milhões de dólares. Os países que mais consomem a carne de cavalo brasileira são França, Bélgica e Itália. Ela é usada principalmente na produção de embutidos, como salames, mortadelas e salsichas. Quem já comeu salame ou mortadela italiana legítimos provavelmente já experimentou carne de cavalo.

Quase todas as partes do cavalo são aproveitadas. O sangue e os ossos são usados para a produção de farinha de ração, enquanto a crina serve para fabricar pincéis. Um cavalo ideal para ser abatido pesa, em média, 300 quilos, o que corresponde à cerca de 100 quilos de carne.

Em comparação com a carne bovina, a carne de cavalo tem mais água, mais ferro – o que a deixa mais vermelha – e tem sabor mais forte e levemente adocicado. No Japão, como a carne do atum ficou muito mais cara nos últimos anos, os japoneses passaram a adotar a carne de cavalo para preparar seus famosos sashimis.

Os cavalos não são criados especificamente para serem abatidos. Os animais mortos são, normalmente, os cavalos mais velhos de criadores e fazendeiros. A idade não deixa a carne mais dura. Já os cavalos de corrida não são comprados pelos abatedouros por causa da grande quantidade de remédios que tomam ao longo da vida.

O quilo da carne de cavalo custa, em média, 25 reais. Diferente dos cortes bovinos, as áreas mais nobres, como o filé mignon e a alcatra, não custam mais caro. Os nomes dos cortes de carne de cavalo são iguais aos da carne bovina: filé mignon, alcatra, contrafilé, fraldinha, patinho, lagarto, coxão duro e coxão mole. Não temos os cortes do cupim e da picanha.

Preconceito religioso

A carne de cavalo é muito apreciada na Europa e na Ásia. No Brasil e em países tradicionalmente católicos, a carne já foi fortemente associada ao pecado. É que, por volta do ano 700, ela era muito consumida em festas pagãs. Por causa disso, a igreja católica proibiu seu consumo. Mesmo depois de liberada aos fiéis, a carne do cavalo continuou longe das mesas católicas por muito tempo.

Texto do chef Marcio Lopes (Crédito/elhombre.com.br)

 

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