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Batistão já foi palco de grandes jogos

Batistão ficará lotado para o jogo Confiança e Flamengo

O futebol e a imprensa sempre estiveram lado a lado nos tempos de ouro do esporte no Brasil. Em Aracaju, o rádio já trazia a maestria da narração, a crônica e a reportagem esportiva para os ouvintes que não acompanhavam a partida no estádio. O radialista e cronista esportivo, Roberto Silva, e o ex-jogador do Cotinguiba Esporte Clube, José Américo, são personagens que fizeram história no futebol sergipano durante anos, e têm a Arena Batistão, como cenário de muitas lembranças marcantes em suas carreiras.

A Arena Batistão, recém reformada com investimentos de mais R$ 25 milhões, foi palco de muitas conquistas entre os anos 1970 e 1980. Além das competições, profissionais da imprensa tiveram espaço de crescer e mostrar seu potencial na comunicação.

O radialista Roberto participou da inauguração do Batistão, em 1969, entregando jornal e viu nessa oportunidade a chance de trabalhar no rádio esportivo. Roberto apurava as informações no campo e repassava para os profissionais que trabalhavam na transmissão ao vivo.

“Sem dúvida essa passagem marcou minha carreira, porque foi a partir daí que comecei a atuar no rádio. Em 1972, como foca [profissional recém-formado] já estava entrando ao vivo, fazendo reportagem, fazendo comentários no estúdio, ou seja, foram anos dedicados ao rádio esportivo, graças a um trabalho informal de entregador de jornal”, lembra Roberto.

De acordo com Roberto Silva, o rádio esportivo em Aracaju, naquela época, começava a trilhar um caminho glorioso para a comunicação. A televisão já existia, mas não era tão forte como hoje, e o reconhecimento e audiência eram o filtro de um bom trabalho.

“Fazer futebol no rádio naquela época era fascinante e tinha mais emoção. Com o advento da televisão, começávamos a perder espaço e audiência. No entanto, era possível manter bons resultados, pois o futebol no rádio tinha mais espaço. Por exemplo, durante o dia, a programação tinha um maior aproveitamento com destaques do esporte, e claro, o futebol teria 80% do tempo estipulado pela emissora. A televisão tinha como prioridade a notícia de forma geral”, relata o radialista.

Goleada histórica

O ano 1969 marcava a inauguração do Estádio Estadual Lourival Baptista e foi na partida inaugural que estava o jovem jogador do Cotinguiba, José Américo. Ele representava a Seleção Sergipana de Futebol que jogava contra a Seleção Brasileira, que era composta por nomes como Pelé, Rivelino, Paulo César Caju e Carlos Alberto Torres.

A maior lembrança do ex-jogador José Américo no Batistão foi o fatídico 8×2, sofrido pela Seleção Sergipana naquele  9 de julho. “Toda equipe estava feliz, apesar de tantos gols sofridos, aquele jogo superou nossas expectativas. A responsabilidade era grande, mas a emoção era maior pela ocasião. Na partida, marquei o jogador Paulo César Caju, que me deu uns bons dribles”, brinca José Américo.

Américo conta que o nível técnico dos jogadores da sua época era surpreendente, mesmo não existindo a infraestrutura que o futebol dispõe atualmente. “Fazer futebol entre 60 e 70 era muito difícil. A maioria dos jogadores atuava em mais de uma função, alguns eram comerciantes e servidores públicos. Poucos conseguiam viver somente de futebol e a alternativa era ter uma segunda ocupação caso algo desse errado no esporte”, relata o ex-jogador.

Flamengo X Confiança

Nesta quarta-feira, 16, a nova arena Batistão volta a ser palco de um grande jogo: Flamengo e Confiança se enfrentam pela primeira rodada da Copa do Brasil, às 21h45. Mais de 15 mil torcedores assistirão à partida confortavelmente acomodados.

O jogo chama atenção de toda mídia esportiva nacional e será transmitido ao vivo pela TV Globo e ESPN.

Arena Batistão

Com reforma inaugurada em 04 de fevereiro de 2015, a obra se destaca pela modernidade e infraestrutura semelhante às grandes arenas do país. Em 2014, serviu de Centro de Treinamento para Seleção da Grécia, que chegou até as oitavas de finais no mundial da Fifa. A reforma custou mais de R$ 25 milhões.

A Arena teve toda fachada externa revestida com brises metálicos. No entorno do gramado, foi implantado proteção de vidro. O Batistão ganhou um novo e moderno Placar Full Color com 25,60 m². O Governo do Estado realizou ainda a reforma geral dos vestiários, a impermeabilização das marquises, a instalação de 21 catracas eletrônicas e a implantação de novo sistema de sonorização. Vestiários, cabines de rádio e televisão, camarotes e sala de comando foram climatizados e foram instalados sistemas de prevenção e combate a incêndio e de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).  As fachadas do Batistão serão iluminadas com lâmpadas LED.

O espaço conta com catracas eletrônicas e bilhetes informatizado. Foi implantado um sistema de acesso moderno e informatizado para evitar a evasão de renda, o mesmo sistema já implantado nas modernas arenas multiuso, inauguradas no Brasil, para a Copa do Mundo.

Com a ampliação, o estádio ganhou três novos degraus de arquibancada, proporcionando um aumento de 1.600 lugares sentados na capacidade. Para atender os critérios de acessibilidade, foram construídos rampas e seis banheiros para pessoas com deficiência e implantados piso e mapa táctil. Foram construídas duas áreas reservadas para cadeirantes, cinco bancos de reserva, dois novos vestiários para juízes (masculino e feminino), pórticos nas ruas Campo do Brito (principal) e Cedro. De acordo com o representante da empresa responsável pela obra, Construtora MRM, em média 400 pessoas trabalharam na obra, que durou quase dois anos.

Fonte e foto: ASN

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