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Bancários de Sergipe protestam contra assédio

O ato visa denunciar e exigir apurações dos relatos sobre assédio moral e sexual

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e a União Brasileira das Mulheres (UBM/SE) realizam, nesta terça-feira (5), ato alusivo ao Dia Nacional de Luta Contra o Assédio Sexual e Moral. Em Aracaju, a manifestação será às 7h30, em frente à Caixa Econômica Federal, no Calçadão João Pessoa, centro da capital.

Idealizado pelo Comando Nacional dos Bancários, o objetivo do ato é intensificar as denúncias e a exigência das devidas apurações dos relatos sobre as práticas criminosas de assédio moral e sexual na categoria bancária, principalmente contra as funcionárias da Caixa Econômica Federal. O foco do dia de luta será o respeito às mulheres, a equidade de condições no trabalho, a exigência de respeito e acolhimento às funcionárias denunciantes dos casos ocorridos na Caixa. Para as mídias sociais, o movimento sindical está utilizando a hashtag #BastaDeAssedio.

Ex-presidente da Caixa

O protesto dos bancários ganhou força depois que Pedro Guimarães renunciou a presidência da Caixa Econômica Federal após ter sido denunciado por assédio sexual e moral às empregadas daquela instituição bancária. Além de Guimarães, o vice-presidente de atacado Celso Barbosa deixou a Caixa na sexta. Ele era o “número dois” do banco durante a gestão do ex-presidente.

A investigação conduzida pelo Ministério Público colheu relatos de dez mulheres que disseram ter sido assediadas por Guimarães. O Metrópoles ouviu cinco delas, em condição de anonimato. “É comum ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias colegas”, disse uma funcionária. “Ele trata as mulheres que estão perto como se fossem dele.”

Essa mesma pessoa afirmou que Guimarães só escolhia “mulher bonita” para viajar. “Tem um padrão. Mulher bonita é sempre escolhida para viajar. Ele convida para as viagens as mulheres que acha interessantes. Segundo as denunciantes, era comum também que o presidente da Caixa pedisse a funcionárias que levassem itens para ele em seu quarto nos hotéis, segundo os relatos. Em pelo menos uma ocasião, ele teria convidado uma delas a entrar para “discutir sua carreira”.

Guimarães também teria apalpado as partes íntimas de suas subordinadas, como seios e nádegas. Uma funcionária disse que um assessor dele chegou a interpelá-la perguntando: “e se o presidente quiser transar com você?”. Em outras ocasiões, teria submetido mulheres a constrangimentos públicos, sugerindo que organizaria uma “micareta privê” em uma viagem a Porto Seguro, onde todos “ficariam nus”.

Foto: Senado 

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