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André Moura, o deputado que queria ser Cunha

André é um dos mais fiéis escudeiros do presidente da Câmara

O deputado André Moura (PSC-SE), que segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ganhou a deferência da presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã de quarta-feira (2),  ao recebê-lo em seu gabinete para negociar a salvação do peemedebista em troca da recriação da CPMF, gosta de ser chamado pelos colegas de André Cunha, tamanha a intimidade que diz ter com o presidente da Câmara. No entanto, no PT ele tem outra alcunha, nada lisonjeira: o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), do microfone do plenário, o qualificou certa vez de “lambe-botas” de Cunha.

Adjetivos à parte, Moura é um dos mais fiéis escudeiros do presidente da Câmara. Ele faz questão de dizer que tomou café da manhã com Cunha, pegou carona com ele até a Câmara, almoçou com o próprio e, depois do encerramento da sessão, acompanhou-o à sua casa.

O sobrenome oficial de André não tem Moura nem Cunha. Ele se chama André Luís Dantas Ferreira, e em seu nome há uma coleção de processos: oito inquéritos e uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). As acusações vão de apropriação indébita, desvio ou utilização de bens públicos do município de Pirambu (SE), e até mesmo um suposto envolvimento em uma tentativa de homicídio.

Além dessas ações, há irregularidades apontadas em outros órgãos, como no Tribunal de Contas da União (TCU), que o responsabilizou por várias ilegalidades, condenando-o, inclusive, ao pagamento de multa. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, Moura informou que as acusações se devem a uma inimizade política.

A amizade com Cunha lhe proporcionou lugar de destaque na Câmara, relatoria e sub-relatoria em CPIs. No Conselho de Ética, embora não seja membro, costuma questionar todos os detalhes, na tentativa de atrasar o processo.

Por Chico de Goes, publicado nesta sexta-feira, em O Globo.

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