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André Moura acusado de receber propina

André Moura é apontado como o negociador e recebedor do dinheiro arrecadado (Imagem/Revista Veja)

Uma ampla reportagem da Revista Veja desta semana, coloca o ex-deputado federal André Moura, secretário do governo do Rio de Janeiro, no meio de um grande escândalo. O empresário carioca Arthur Soares, conhecido como “Rei Arthur”, acusa o político sergipano de ter intermediado uma propina de R$ 1,7 milhão, em troca do pagamento de uma fatura de R$ 8,6 milhões. Em nota à imprensa, André nega a acusação: “jamais estive com Arthur Soares, um notório bandido condenado a 200 anos de cadeia, que busca desesperadamente obter delação premiada no Ministério Público Federal a fim de reduzir sua pena”.

O “Rei Arthur” contou ao Ministério Público que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), opera o esquema de propina por meio de dois personagens — o pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, e o secretário André Moura, que é citado na narrativa como o responsável por intermediar as negociações fraudulenta. O empresário narra que o pagamento da propina foi acertado pelo irmão dele, Luiz Soares, um advogado ligado ao chefe da Casa Civil e o próprio André, “que teria reafirmado o pedido de propina e assegurado que, se o empresário topasse o acordo, o dinheiro seria liberado”, escreve a revista.

Veja abaixo, a nota de André Moura sobre a denúncia:

“Nota à imprensa

Merece reparos o texto de Veja desta sexta-feira, 22, com o título “Na teia do procurador”, sobre investigações em curso na PGR (Procuradoria-Geral da República) de uma delação premiada que supostamente comprometeria autoridades do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde exerço o comando da Secretaria da Casa Civil.

A matéria passa a impressão enganosa de que “denúncias” do empresário Arthur Soares, um notório bandido condenado a 200 anos de cadeia que busca desesperadamente obter delação premiada no Ministério Público Federal a fim de reduzir sua pena, podem ser levadas a sério. Neste sentido, aliás, a própria revista reconhece que “as tratativas com o MPF não avançaram porque os procuradores avaliaram que as provas apresentadas [pelo meliante] eram insuficientes, e por isso suspenderam as negociações”.

Conforme exposto no texto, jamais estive com Arthur Soares ou com qualquer pessoa ligada a ele. Ouvi falar de suas falcatruas e do envolvimento desonesto com governos passados através da IMPRENSA – a revista, aliás, erra ao colocar em minhas aspas o termo “empresa” no lugar de imprensa.

Veja também diz que o Governo Wilson Witzel, numa demonstração inequívoca de que busca sanear o rombo deixado pelos governos anteriores, a quem o falso delator era intimamente ligado, “conseguiu o bloqueio judicial de bens e valores de empresas e pessoas físicas envolvidas nas denúncias”.

Além disso, cabe esclarecer que a área de compras de cada secretaria de Estado é responsável por liberar seus pagamentos e suspender os contratos com seus fornecedores. Portanto, o secretário da Casa Civil e Governança não tem gerência sobre contratos de outras pastas, como foi citado erroneamente na matéria.

Não obstante, mesmo tendo tais informações, Veja preferiu creditar valor às ilações de um bandido, sem publicar qualquer prova material que as lastreie, senão, apenas, a sua própria palavra. Assim, restou-nos acionar a assessoria jurídica para reparar um texto que induz o leitor à avaliação deletéria e totalmente falsa do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

André Moura”.

Clique aqui e leia a matéria da Revista Veja

 

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