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Setor petrolífero anima empresários

Na Feira, os sergipanos tiveram a oportunidade de divulgar seus serviços e trocar experiências com outras empresas

Prospecção de novos parceiros, troca de contatos e expectativa de realização de novos negócios nos próximos meses. Esse é o resultado da participação dos empresários sergipanos na Brasil Offshore, a terceira maior feira da cadeia de petróleo e gás do mundo. O evento, realizado em Macaé, no Rio de Janeiro, reuniu durante quatro dias os principais representantes do setor para apresentar novas tecnologias, produtos e serviços.

Nesta edição o estado esteve representado por quatro empresas (Wellcon, Engepet, Tecnologia Railton Faz e Marine Oil and Gas Energy Solutions), além do Sebrae e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), todos integrantes da Rede Petrogas. A participação dos sergipanos foi mais uma ação do projeto Energias de Sergipe, desenvolvido pelo Sebrae.

Durante a Feira os sergipanos tiveram a oportunidade de divulgar seus serviços, trocar experiências com outras empresas, participar de palestras e seminários sobre a atividade petrolífera e identificar as demandas de grandes companhias do setor.

Em sua nona edição a Brasil Offshore reuniu mais de 550 expositores, gerando mais de R$ 200 milhões negócios e atraindo mais de 50 mil visitantes. O evento, que é bianual, é o único realizado dentro da principal bacia de exploração de petróleo e gás no Brasil, a Bacia de Campos.

“Esse é o momento de nós, empresários, mostrarmos ao mercado que estamos preparados para a retomada da atividade. Depois de um período bastante difícil, estamos esperançosos de que o setor voltará a reagir em breve”, explica o empresário Railton Lima.

Para incentivar a realização de negócios, o Sebrae, em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, promoveu uma Rodada de Negócios com a presença de 17 empresas âncoras e dezenas de ofertantes.

Novo momento

A forte crise econômica, aliada a crise política, trouxe grandes problemas para os empresários que atuam na cadeia de petróleo e gás. Em Sergipe, a realidade não foi diferente, sobretudo para as micro e pequenas empresas, que viram diminuir consideravelmente o número de contratos de prestação de serviços com as grandes operadoras e registraram queda de faturamento e fechamento de postos de trabalho.

Embora o cenário ainda esteja marcado pela incerteza, existe a expectativa de melhora para os próximos meses. Isso porque há perspectivas de investimentos com o lançamento de novos programas para o setor e o calendário de leilões de áreas de exploração previstos até 2019.

Até setembro deverão serão leiloados quase 300 blocos de exploração nas bacias sedimentares de Sergipe-Alagoas, Campos, Espírito Santo, Santos, Pelotas e Santos. Diferentemente dos outros leilões, quando a Petrobras manteve o monopólio da extração do petróleo, desta vez será permitida a participação de empresas estrangeiras no processo.

Essa possibilidade, de acordo com os empresários, tende a elevar a concorrência e elevar os investimentos no setor.

”Existe uma grande expectativa para a exploração desses novos campos por conta dos investimentos que serão feitos. Isso deve movimentar toda a cadeia, beneficiando também as micro e pequenas que já atuam na área e estimulando a abertura de novos empregos”, analisa o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Indústria do Sebrae, José Leite.

Produção em terra

Três outras medidas anunciadas pelo Governo Federal também prometem aquecer o mercado em Sergipe. Desta vez o foco é o incentivo à produção em terra (onshore) por meio da venda de ativos da Petrobras, leilões de áreas terrestres da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o Programa de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo em Áreas Terrestres (Reate).

Sergipe responde por cerca de 16% da produção onshore do país e a expectativa dos empresários é que esse número possa aumentar já que a maior parte das áreas onde há petróleo ainda não foram licitadas. Só por meio do Reate o país espera triplicar a sua produção em terra, saindo de 140 mil para 500 mil barris por dia até 2030.

“ Caso haja uma elevação no preço do barril do petróleo e um amplo programa de incentivos à atividade com certeza teremos um novo ciclo de desenvolvimento. Hoje a maior parte das áreas terrestres ainda não foram licitadas, o que significa que há como melhorarmos esses números e gerar riqueza em nosso estado”, explica Homero Pessoa, proprietário da Engepet.

Texto e foto: Sebrae/Sergipe 

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