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Sergipe vai produzir este ano 184 milhões de litros de leite

Sergipe produz 700 mil litros de leite por dia

A produção de leite em Sergipe deve superar em 9,3% a de 2014, chegando a 184 milhões de litros, segundo previsão do IBGE. É um montante produzido por cerca de 70% da população que atua nesta área, sejam pequenos, médios ou grandes produtores de leite. De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Esmeraldo Leal, os frutos dos investimentos feitos nos últimos anos pelo governo estadual estão sendo demonstrados em dados.

Segundo um levantamento feito pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), os laticínios de Sergipe têm capacidade instalada para processar 1,2 milhão de litros de leite por dia. “Estamos processando atualmente 640 mil litros diários, ou seja, temos uma capacidade que pode ser dobrada”, afirma Esmeraldo

O processo de regularização de queijarias também é um ponto crucial para o crescimento e qualificação da produção de laticínios. De acordo com Esmeraldo Leal, existem mais de 140 pequenas queijarias, que funcionam de forma familiar e precária, que necessitam ser fiscalizadas e orientadas.

 “Houve um processo de inclusão de Sergipe ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e estamos em processo de inclusão no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). Através deste último, há possibilidade de simplificar as exigências burocráticas sem diminuir a qualidade do produto. O intuito é não perder esse setor importante da economia, que gera emprego e renda da própria agricultura familiar”, explica o secretário.

Existe ainda uma preocupação do governo em viabilizar um convênio com associação de produtores para incluir outras raças na área de inseminação artificial. O intuito é priorizar e incluir raças que tenham qualidade de leite, desenvolvendo, assim, o melhoramento genético do rebanho. “Queremos qualidade no produto, e o impacto disso na economia é muito grande”, comenta o secretário. Ele explica que a Emdagro possui centros de inseminação artificial e treinamento para colaborar na produção leiteira da região.

Investimento na prática

Humberto Vieira é um dos beneficiados com o recebimento de sementes de milho e inseminação artificial. Ele plantou cerca de quatro hectares de milho, que vai alimentar as vacas no período de estiagem. Com relação à reprodução de bezerros, o produtor rural conta que já tem animais provenientes de melhoramento genético. Ele possui um botijão de nitrogênio onde guarda sêmens de raça.

Erivan Aragão, conhecido como Nengo, também é um amante da produção leiteira. O médio produtor é responsável pela retirada de 1.200 litros por dia. Ele tem 120 cabeças e conta que começou com 20, há 25 anos. Sua renda mensal média é de R$ 35 mil bruto. Sua propriedade gera 10 empregos e o leite é destinado para a empresa de laticínios Latimilk.

“A vaca é economia perene, ou seja, todo dia gera renda e emprego. Além disso, este animal não entra de férias. Dá para tirar leite mais de uma vez por dia”, disse Erivan. Ele também comenta que a plantação de milho de sua propriedade é convertida em alimento para o gado.

Base econômica

“O leite com certeza é base da economia do nosso município e de todo o Alto Sertão sergipano. Posso dizer que nossa cidade é pecuária e que aqui não existe êxodo rural. As pessoas saem da zona urbana para o campo. São mais de quatro mil produtores em torno do município, e hoje conseguimos gerar só em Glória, por semana, uma média de R$ 1 milhão e meio só na compra do leite. Com certeza o município produz o dobro do montante. A região cresce em uma proporção gigantesca se comparada a estados maiores”, destaca o secretário municipal de Agricultura, Dijalcir Ferreira de Aragão.

A qualidade do rebanho leiteiro também é um reflexo da ausência de febre aftosa no estado. Segundo o coordenador regional do Alto e Médio Sertão da Emdagro, Ariosvaldo Ribeiro Bonfim, Sergipe está há 19 anos sem registro da doença. “Somos um dos casos privilegiados do Nordeste, assim como a Bahia, pois temos produtores conscientizados em saber a necessidade de vacinar os animais contra a febre”, destaca.

Fonte: ASN (Crédito: Marcelle Cristinne)

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